Emerson Cláudio Fávero de 42 anos, preso em flagrante após o assassinato da ex, de 38 anos, confessou o crime durante 50 minutos de depoimento, em Sidrolândia, a 64 km de Campo Grande. Ele permanece em uma cela do município e aguarda vaga em um presídio da capital sul-mato-grossense. Nessa segunda-feira (2) a Polícia Civil concluiu o inquérito do feminicídio.
"Ele falou durante uns 50 minutos e confessa que já foi na casa da vítima com o pensamento na cabeça: 'Se ela não quiser voltar, eu mato ela'. No início, ele relutou em falar do crime, porém, depois acabou contando mais detalhes, como a faca, por exemplo, que pegou no imóvel e a feriu com 20 golpes", afirmou a delegada Thais Duarte, responsável pelas investigações.
Conforme a delegada, a vítima chegou a comprar uma arma de choque para se defender do suspeito. No entanto, segundo a filha dela, de 17 anos, que prestou depoimento na delegacia do município, o objeto falhou no momento em que ela tentou se defender das agressões.
"A filha disse que houve o término e ela comprou uma taser [arma de choque] para se defender. Eles tinham terminado há cerca de 1 mês, mas, voltaram e a vítima decidiu terminar de vez. Desde então, ela comentou que ele estava fazendo ameaças para eles retomarem o relacionamento. Quando o homem chegou, a vítima tentou usar, mas, o objeto falhou", explicou Duarte.
Como o objeto não funcionou, o homem teria ficado por cima da vítima e dado os golpes de faca. "A filha chegou a pegar um objeto para defender a mãe, mas, ela gritou e disse a ela para sair correndo e pedir socorro. Quando ela retornou, tudo já tinha acontecido e o suspeito também tentou se matar", explicou Duarte.
Desde então, o homem estava internado na Santa Casa, em Campo Grande. Ele teve alta e foi levado para delegacia de Sidrolândia no sábado (29). Além da filha da vítima, a polícia também ouviu dois policiais militares que atenderam o caso.
Rose e Emerson ficaram juntos por cerca de seis meses e ela tinha terminado recentemente o relacionamento, porém ele não aceitava e fazia ameaças constantemente. (Com informações do G1)