Seis turistas brasileiros - quatro adultos e dois adolescentes - morreram nesta quarta-feira, 22, em um apartamento em Santiago, no Chile, depois de terem inalado gás, possivelmente monóxido de carbono. Os turistas estavam de férias e haviam alugado um apartamento, por meio de uma plataforma na internet, no centro de Santiago. Eles estavam havia uma semana na cidade.
O grupo passou mal e, nesta quarta, um deles chegou a ligar para um tio, falando frases desconexas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esse familiar acionou o consulado brasileiro. O cônsul foi até o local, mas ninguém abriu a porta. Enquanto isso, os celulares das vítimas tocavam no interior do apartamento sem resposta. Após arrombar o imóvel, a polícia encontrou os brasileiros, quatro adultos e dois adolescentes de 13 e 14 anos, já mortos.
"Havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores. Possivelmente, a morte foi causada por emanação de gás", disse o comandante Rodrigo Soto. Quando a polícia chegou ao apartamento, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que pode ter provocado a grande concentração de gás.
O caso aocorreu em um edifício localizado na Rua Santo Domingo, a doze quadras do Palácio de la Moneda, sede do governo chileno e ponto turístico na cidade.
Agentes do Corpo de Bombeiros fizeram a evacuação imediata do prédio - ruas adjacentes também foram interditadas. Depois, realizaram medições do ar no apartamento e descobriram altas concentrações de monóxido de carbono, gás que não emite odor, mas cuja inalação provoca a morte.
O segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Santiago, Diego Velásquez, disse que a equipe trabalha para esclarecer o que causou a morte dos turistas. Segundo ele, não está descartada a hipótese de que as mortes estejam relacionadas com o tipo de calefação usada nos apartamentos. Na noite desta quarta, bombeiros buscavam possíveis escapamentos de gás no local.
Cinco vítimas eram de Santa Catarina
A identidade das vítimas foi confirmada por familiares em postagens nas redes sociais, são eles: Adriane Kruger e Jonathas Nascimento Kruger, que eram casados; Debora Muniz e Fabiano de Souza, que também era casados e pais das outras duas vítimas, Caroline, que completaria 15 anos nesta semana, e Felipe, de 13.
Fabiana, Débora e os filhos viviam em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis. Em nota, a prefeitura do município decretou luto oficial por três dias, "devido à comoção pública vivida em toda cidade após o ocorrido".
O texto ainda informa que Jonathas, nascido em Biguaçu, vivia em Hortolândia, no interior de São Paulo, junto de Adriane. Ele era irmão de Débora. Uma vaquinha foi criada na internet para arrecadar R$ 100 mil para o traslado e o sepultamento dos corpos das vítimas./Com agências internacionais.