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Sesau vai investigar a confusão que levou bombeiros a prender porteiros da Santa Casa

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde investigará), em paralelo ao inquérito policial, vai investigar o que motivou socorristas do Corpo de Bombeiros a deter porteiros da Santa Casa de Campo Grande, na noite de ontem, sábado (5).

O coordenador de urgências da Sesau, Yaga Higa, confirmou ao Jornal Midiamax abertura de processo administrativo, a partir de segunda-feira (7), para investigar possíveis excessos.

“Não cabe trancar o portão e dar voz de prisão”, resumiu Higa, ressaltando relato do hospital de que o paciente estaria estável e com fratura no pé decorrente de acidente de trânsito.

Boletim de ocorrência, registrado pelos bombeiros, informou que estes foram impedidos de entrar no pronto socorro da Santa Casa por 20 minutos, enquanto mantinham na viatura um paciente politraumatizado, que segundo assessoria do hospital, não estava regulado para unidade, ou seja, não havia vaga para este atendimento específico.

Registro - A apuração pode estar limitada ao relato dos envolvidos, caso a regulação da vaga hospitalar tenha ocorrido via rádio. O dispositivo, neste caso, não permite gravar os diálogos.

Os dados de atendimento seriam registrados em livro físico que será requisitado pela secretaria para averiguação. Isso porque sistema de digital está instalado em 70% das unidades de saúde e o Corpo de Bombeiros opta por regular via rádio ao invés do telefone.

Para o coordenador de urgências, mudanças no registro atual são essenciais a fim de que se permita averiguar por meio de “gravações e auditorias possíveis erros”.

Prisão - Dois funcionários da Santa Casa foram presos, no sábado (5), por omissão de socorro e desobediência por não abrir portão do pronto socorro a viatura do Corpo de Bombeiros. O caso foi parar na polícia, uma vez que militar teria danificado estrutura para que ambulância entrasse com vítima de acidente de 31 anos. Equipe do hospital verificava senha de regulação.

Para a delegada plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Priscilla Anuda Quarti, os funcionários da Santa Casa alegaram que cumpriam ordens da direção do hospital. O jovem ferido, por sua vez, apresenta quadro clínico estável.

Todos os envolvidos foram ouvidos e liberados. A Santa Casa, por meio de sua assessoria de imprensa, ressaltou que pretende representar contra os militares por abuso de autoridade e depreciação do patrimônio, tendo em vista os danos causados ao portão da unidade.

Hospital adotou, na quarta-feira (2), restrição de acesso a paciente não regulados pelo município devido a superlotação. Faixas informam inexistência de vagas no pronto socorro, centro de terapia intensiva e alas de internação.

Midiamax