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Presos do PCC dizem que execução filmada garante ‘status’ na chegada a presídio

A prisão de um trio suspeito da execução e esquartejamento de Fernando Nascimento dos Santos, de 22 anos, na última quarta-feira (16), no Bairro Los Angeles, em Campo Grande, reforça a “guerra entre facções” no Mato Grosso do Sul. Para os presos, que dizem ter matado apenas mais um rival, a execução filmada é como um prêmio e garante chegada com ‘status’ no presídio. Força tarefa, que mobilizou até policiais de folga, reuniu agentes do GOI (Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil), Depac (Delegacia de pronto Atendimento Comunitário) - Piratininga e 5ª Delegacia de Polícia Civil

Foram presos Uesley de Oliveira Rodrigues, de 22 anos, conhecido por ‘Mascote’ ou ‘De menor’, Danilo Richeli da Silva Fernandes, de 18 anos, conhecido por Mil Grau, e Wellington Ferreira de Souza, 24 anos, conhecido como “Dedinho”. O trio nega ter agido a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e afirma que Fernando foi morto, apenas, porque era do Comando Vermelho, segunda maior organização criminosa do país.

Os criminosos executaram a vítima em uma “boca de fumo” nos Los Angeles. Antes de ser morto, conforme depoimento dos presos, Fernando ficou amarrado por um dia, enquanto Danilo entrava em contato com líderes da facção PCC, na qual ele se diz batizado. O aval para a execução chegou na madrugada de quarta.

Vídeos que circulam na internet mostram Fernando pedindo desculpas ao PCC e em seguida sendo degolado. Segundo as investigações, Uesley foi quem iniciou o corte no pescoço. Insatisfeito com a demora, Danilo chegou a dizer: “Você está demorando demais, deixa que eu mato essa galinha”, e finalizou o decepamento e esquartejamento do corpo. Wellington foi responsável pela filmagem.

Os criminosos, apesar de negarem que a execução tenha a ver com “guerra entre facções”, se expressam como se o esquartejamento fosse um prêmio e garantia de respeito ou ‘status’ no presídio.

De acordo com o delegado plantonista da Depac, Hoffman Dávila Cândido, após esquartejar o corpo, Danilo deixou a boca de fumo em um Uber e em uma ligação mandou um recado, sem citar nomes: “A galinha está morta, o trabalho está feito”.Wellington e Uesley ficaram responsáveis pelo descarte do corpo, que com ajuda de um quarto comparsa deixaram a vítima nas margens de uma estrada vicinal, que que liga a Rua Engenheiro Paulo Frontim ao Macroanel, no Los Angeles.A Polícia Civil descarta que a execução tenha ligação com mortes de líderes do tráfico na fronteira e garantem que o esquartejamento se trata de um caso isolado.PrisãoPara conseguir se livrar do crime e vender drogas, ‘Dedinho’ e ‘Mil Grau’ alugaram uma casa nas Moreninhas, local onde foram localizados e presos. No momento da prisão, duas jovens de 18 anos, que tiveram os nomes preservados, bebiam vodca e Paulo Danilo Correia da Silva, 28 anos, usava cocaína. Houve resistência à prisão e os envolvidos chegaram a causar pânico no bairro ao pularem diversos muros.As jovens foram liberadas e Paulo, que não tem ligação com o esquartejamento, foi preso por estar foragido do Mato Grosso. Ele tem passagens por roubo, tráfico de drogas e uma condenação de 20 anos.Mascote foi preso na casa de um irmão, onde estava escondido, no Portal Caiobá. A participação de um quarto envolvido, por ajudar no transporte do corpo, ainda não identificado, é investigada. O trio será indiciado pelos crimes de associação criminosa e ao tráfico, desobediência e resistência, tráfico de drogas, homicídio qualificado.Assista a entrevista dos presosCasoO corpo de Fernando Nascimento dos Santos foi deixado pelos autores do crime nas margens de uma estrada vicinal, que liga a Rua Engenheiro Paulo Frontim ao Macroanel, no Los Angeles, na manhã do dia 16 de agosto.A vítima foi encontrada por populares enrolado em um cobertor, decapitada e desmembrada. A perícia esteve no local e, em princípio, não encontrou qualquer identificação com a vítima. O corpo foi enviado ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde passou por exames e em seguida foi identificado pela mãe, que veio a Capital da cidade de Nova Alvorada do Sul.Após identificar Fernando, mãe e cunhada seguiram para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Piratininga, onde foram ouvidas.Informações de familiares dão conta de que o rapaz trabalhou por algumas semanas em um lava jato do município, e na segunda-feira (14), teria pedido dispensa da empresa alegando que iria buscar uma oportunidade de emprego em Campo Grande.

De acordo com o delegado plantonista da Depac, Hoffman Dávila Cândido, após esquartejar o corpo, Danilo deixou a boca de fumo em um Uber e em uma ligação mandou um recado, sem citar nomes: “A galinha está morta, o trabalho está feito”.

Wellington e Uesley ficaram responsáveis pelo descarte do corpo, que com ajuda de um quarto comparsa deixaram a vítima nas margens de uma estrada vicinal, que que liga a Rua Engenheiro Paulo Frontim ao Macroanel, no Los Angeles.

A Polícia Civil descarta que a execução tenha ligação com mortes de líderes do tráfico na fronteira e garantem que o esquartejamento se trata de um caso isolado.

Prisão

Para conseguir se livrar do crime e vender drogas, ‘Dedinho’ e ‘Mil Grau’ alugaram uma casa nas Moreninhas, local onde foram localizados e presos. No momento da prisão, duas jovens de 18 anos, que tiveram os nomes preservados, bebiam vodca e Paulo Danilo Correia da Silva, 28 anos, usava cocaína. Houve resistência à prisão e os envolvidos chegaram a causar pânico no bairro ao pularem diversos muros.

As jovens foram liberadas e Paulo, que não tem ligação com o esquartejamento, foi preso por estar foragido do Mato Grosso. Ele tem passagens por roubo, tráfico de drogas e uma condenação de 20 anos.

Mascote foi preso na casa de um irmão, onde estava escondido, no Portal Caiobá. A participação de um quarto envolvido, por ajudar no transporte do corpo, ainda não identificado, é investigada. O trio será indiciado pelos crimes de associação criminosa e ao tráfico, desobediência e resistência, tráfico de drogas, homicídio qualificado.

Assista a entrevista dos presos

Caso

O corpo de Fernando Nascimento dos Santos foi deixado pelos autores do crime nas margens de uma estrada vicinal, que liga a Rua Engenheiro Paulo Frontim ao Macroanel, no Los Angeles, na manhã do dia 16 de agosto.

A vítima foi encontrada por populares enrolado em um cobertor, decapitada e desmembrada. A perícia esteve no local e, em princípio, não encontrou qualquer identificação com a vítima. O corpo foi enviado ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde passou por exames e em seguida foi identificado pela mãe, que veio a Capital da cidade de Nova Alvorada do Sul.

Após identificar Fernando, mãe e cunhada seguiram para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Piratininga, onde foram ouvidas.

Informações de familiares dão conta de que o rapaz trabalhou por algumas semanas em um lava jato do município, e na segunda-feira (14), teria pedido dispensa da empresa alegando que iria buscar uma oportunidade de emprego em Campo Grande.

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