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Prefeito participa de evento comemorativo da Retirada da Laguna em Nioaque

O Prefeito Marcelo Ascoli acompanhado do vice-prefeito Wellison Muchiutti prestigiou nesta quinta-feira (13), o evento comemorativo aos 127 anos de emancipação de Nioaque e assistiu a encenação dos Fatos Históricos dos 150 Anos da Retirada da Laguna.

Considerada um dos eventos mais marcantes da Guerra do Paraguai, a Retirada da Laguna completa 150 anos em 2017. Do ponto de vista militar, a expedição que visava conquistar terras paraguaias é considerada um fracasso, mas a coragem e resistência dos poucos que sobreviveram à fome, doenças e todas as intempéries em nome da soberania nacional dá toques de heroísmo ao evento.

Em 1877, uma coluna com 1.680 homens comandada pelo coronel Manuel Pedro Drago partiu do Rio de Janeiro no intuito de barrar o avanço das tropas paraguaias em território brasileiro. O grupo posteriormente pelo coronel Carlos de Morais Camisão, que decidiu invadir o país vizinho.

O problema é que não haviam alimentos suficientes para a tropa. Alguns ainda pegaram cólera, tifo e outras doenças comuns na época e ficaram pelo caminho. O grupo conseguiu chegar até a cidade de Laguna, quando percebeu a falha na logística e resolveu voltar.

Durante o retorno, ao chegar na Vila Nioac, hoje o conhecido município de Nioaque, o exército foi surpreendido por uma armadilha que havia sido deixada por soldados paraguaios que haviam passado pelo local pouco antes. Na igreja do vilarejo foram instaladas bombas e um isqueiro acesso por um soldado incauto gerou uma explosão que matou vários e desconfigurou tantos outros.

Esse episódio é lembrado todos os anos na cidade no dia 13 de julho e este ano não foi diferente. Um elenco com cerca de 150 pessoas encena a dolorosa memória. O Exército emprega 400 pessoas na atividade para organização e infraestrutura.

“Talvez o evento tenha sido heróico por ter sido trágico. Do ponto de vista militar foi um fracasso, mas do ponto de vista de valores, foi heróico. Há alguns pontos que até hoje não conseguiram elucidar. Por exemplo, na expedição, não se sabe se eles contabilizaram as mulheres, crianças e comerciantes que costumavam acompanhar esse tipo de coluna”, diz o historiador militar, bacharel em direito e coronel da reserva Wellington Corlete dos Santos.

O tenente-coronel Moacyr Azevedo Junior lembra que o retorno da tropa durou 32 dias, tendo ela passado pelos territórios hoje comprendidos por Bela Vista, Jardim, Nioaque e Aquidauana. “NA explosão da Igreja, muitos morreram e vários ficaram feridos. É esse episódio marcante que eles reproduzem”, conta. (Texto do Campo Grande News)

Rallph Barbosa – Noticidade