Assim como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o ex-governador André Puccinelli (PMDB) desclassificou a delação da JBS e acusou o depoimento de mentiroso. Segundo ele a “verdade será comprovada”.
Puccinelli, assim como Reinaldo e o ex-governador Zeca do PT, é citado na delação da JBS por receber propina da empresa em troca de incentivos fiscais e benefícios às unidades frigoríficas implantadas no Estado.
“O que eles estão falando é mentira e facilmente será comprovado com documentos”, disse o ex-governador ressaltando ainda que a verdade será comprovada. Em entrevista ao Campo Grande News neste domingo ele ainda disse que já atuou com venda de gado no Estado, mas que não tem propriedades rurais desde 2007.
“Se você for ver nas delações, eles dizem que recebi dinheiro com nota fiscal em 10 de janeiro de 2016, dois anos depois de eu já estar fora do governo”, disse, se esquivando de comentar sobre o envolvimento dos demais colegas do Estado. “Só posso falar por mim e o que eles disseram é mentira”.
Na delação os irmãos e donos da JBS, Joesley e Wesley Batista fizeram um capítulo só para falar sobre Mato Grosso do Sul. Segundo eles o esquema de propina para os governadores do Estado começou com José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, em 2003.
“Este modus operandi do Mato Grosso [do Sul] ficou até agora no final do ano passado [2016] funcionando. Ele foi passando. Passou do Zeca do PT, foi pro Puccinelli”, explica Batista na delação, que também cita Reinaldo Azambuja (PSDB).
O ex-governador André Puccinelli também é investigado pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica, que apura desvio de recursos públicos, fraudes em licitação, pagamento de propinas, entre outros crimes.
Campo Grande News