A morte de um rapaz de 19 anos, que se jogou do 13º andar do edifício onde morava, na tarde de domingo (18), em Campo Grande, reacende um sinal de alerta na sociedade sobre as tentativas de suicídio entre jovens e adolescentes, especialmente quando há diagnóstico de depressão grave e tentativas anteriores de tirar a própria vida.
Dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio do NPV (Núcleo de Prevenção às Violências e Acidentes e Promoção à Saúde), mostram que entre os meses de janeiro e março de 2017, foram 220 tentativas de suicídio na Capítal, 13 a mais em relação ao mesmo período de 2016.
Os números revelam que, do total nos três primeiros meses do ano, 126 dos que tentaram se matar têm idade entre 15 e 29 anos.
Ainda levando em conta o primeiro trimestre de 2017, foram registradas 163 tentativas de suicídio por mulheres e 57 homens. Também aparecem nas estatísticas 11 adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.
Para o psiquiatra Marcos Estevão Mourão, o alto índice entre jovens se deve a vários fatores, mas está muito ligado à imaturidade. |O jovem tem dificuldade em lidar com as situações da vida, elaborar e resolver problemas de forma adequada|, analisa.
Ele também diz que as mulheres tentam se matar mais vezes, mas os homens cometem mais suicídio. |São três tentativas femininas para uma masculina, mas a situação se inverte para casos que se tornam óbitos. Para cada mulher que se mata, três homens tiram a própria vida|, revela.
O rapaz que se matou no domingo sofria de depressão desde os 11 anos de idade, tomava medicamentos de uso controlado e fazia tratamento psiquiátrico semanalmente, segundo informações policiais. Ele já havia tentado o suicídio outras vezes, cortando a grade que protegia a janela do quarto.
|Pessoas que cometem o suicídio já tentaram outras vezes ou já manifestaram essa vontade anteriormente. É fundamental se atentar a sinais de desespero, desamparo e desesperança. O problema pode ser genético, afetando pessoas com depressão grave e que já têm histórico na família|, alerta o psiquiatra.
Ele informou que a cada 40 segundos 1 pessoa comete suicídio no mundo. E a cada 3 segundos uma pessoa tenta suicídio. |É questão de saúde pública. Assim que for identificado perfil suicida, a procura por ajuda profissional deve ser imediata|, diz.
Tentativas de suicídio em 2016 - Nos primeiros meses de 2016, foram registrados 207 casos, sendo 77 por homens e 130 por mulheres. Foram 98 com idade entre 10 e 29 anos.Em todo o ano passado, também foi contabilizado um um total de 878 casos, sendo 285 em homens e 593 em mulheres, a maioria com idade entre 15 e 39 anos.Desse total, houve 316 registros de pessoas que já haviam tentado suicídio outras vezes, ou seja, reincidência de 37%. Os dados referentes à 2017 ainda estão sendo tabulados.Entre os meios de agressão utilizados, foram 497 por envenenamento e intoxicação, 110 por objetos perfurocortantes, 49 por enforcamento, 12 por substâncias inflamáveis, 5 por objetos contundentes (como madeiras e pedras), 5 armas de fogo.Outros 137 foram tentativas por outros meios como, se atirar de prédio, de ponte ou se jogar em frente de carros. Foram ignorados os meios de agressão em 63 casos.As informações são fornecidas também pela Superintendência de Vigilância em Saúde e Coordenadoria de Vigilância Epdemiológica da Sesau, disseminadas por meio do Sinan/Net (O Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Tentativas de suicídio em 2016 - Nos primeiros meses de 2016, foram registrados 207 casos, sendo 77 por homens e 130 por mulheres. Foram 98 com idade entre 10 e 29 anos.
Em todo o ano passado, também foi contabilizado um um total de 878 casos, sendo 285 em homens e 593 em mulheres, a maioria com idade entre 15 e 39 anos.
Desse total, houve 316 registros de pessoas que já haviam tentado suicídio outras vezes, ou seja, reincidência de 37%. Os dados referentes à 2017 ainda estão sendo tabulados.
Entre os meios de agressão utilizados, foram 497 por envenenamento e intoxicação, 110 por objetos perfurocortantes, 49 por enforcamento, 12 por substâncias inflamáveis, 5 por objetos contundentes (como madeiras e pedras), 5 armas de fogo.
Outros 137 foram tentativas por outros meios como, se atirar de prédio, de ponte ou se jogar em frente de carros. Foram ignorados os meios de agressão em 63 casos.
As informações são fornecidas também pela Superintendência de Vigilância em Saúde e Coordenadoria de Vigilância Epdemiológica da Sesau, disseminadas por meio do Sinan/Net (O Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Campo Grande News
