Buscar

Indígenas de Sidrolândia protestam na Capital contra mudanças na Funai

O vereador Otacir Figueiredo (PROS) juntamente com vários líderes indígenas de Sidrolândia e outras localidades protestaram hoje (31) na Capital.

O Grupo de aproximadamente 200 indígenas fizeram reivindicação na Praça Ari Coelho, no Centro de Campo Grande. Os índios pedem pela proteção dos seus direitos e prometeram marcha na Afonso Pena no final da tarde.

Parte da Campanha Janeiro Vermelho, o manifesto é pela manutenção dos direitos das etnias indígenas brasileiras, hoje com 900 mil pessoas cadastradas pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Na praça, o ato é pacífico e com a presença de povos Terenas, Kinikinawas, Ofayés e Kadiwéus.

A ideia do movimento é conscientizar e mobilizar sociedade sobre os direitos dos povos indígenas e reivindicá-los. Entre eles, combate à violência, contra a transferência da Funai para a pasta da Mulher, transferência da responsabilidade sobre a demarcação de terras ao Ministério da Agricultura.

Dentre as reivindicações, os indígenas pedem que a Funai (Fundação Nacional do Índio) não seja integrada com o Ministério da Agricultura, pois assim somente o ministério ficaria a cargo de demarcar as terras.

Em frente ao Coreto, o palanque da praça, os índios discursam e falam palavras de ordem. O movimento faz parte do “Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais! ”, que acontece pelo país todo nesta tarde e também estaria acontecendo em países da Europa.

Segundo o índio da etnia Terena e também vereador em Sidrolândia, Otacir Figueiredo, o movimento faz parte da articulação dos povos indígenas do Brasil. “Estamos aqui reivindicando respeito pela população indígena, está acontecendo um massacre contra o nosso povo, estão ficando doentes por não demarcar a nossa terra”, disse a reportagem.

Além da transferência para o Ministério da Agricultura, os índios ainda lutam contra a transferência da Funai para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, contra a flexibilização e transferência do licenciamento ambiental para o mapa e pelo respeito aos tratados internacionais em especial o Acordo de Paris e o direito de consulta e consentimento

A mobilização é organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e apoiada pela Mobilização Nacional Indígena (MNI).

Redação – Noticidade