Estudo inédito divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (17) revela que Campo Grande é a segunda capital do País com maior índice de pessoas com excesso de peso. Os dados indicam que 58% dos entrevistados estão pesando acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Os resultados integram a Pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada por telefone com 53.210 pessoas com mais de 18 anos nas capitais brasileiras, entre fevereiro e dezembro de 2016.O estudo teve como base o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, calculado por meio de uma conta que divide o peso da pessoa pela altura elevada ao quadrado. Considera-se excesso de peso, quando o índice é igual ou maior que 25 kg/m² e obesidade, quando ultrapassa os 30 kg/m².Em excesso de peso, Campo Grande fica atrás somente de Rio Branco (AC), que registrou 60,6%. Em seguida vem Natal (RN) e João Pessoa (PB), com 56,6% ambas, Fortaleza (CE) com 56,5%, Cuiabá (MT) registrando 56,4%, e Manaus (AM), com 56,3%. Palmas (TO) é a capital brasileira com a menor prevalência de excesso de peso (47,7%).Pela pesquisa, em todo o Brasil, o excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. O problema é mais comum entre os homens: passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice passou 38,5% para 50,5%.Na Capital, a prevalência da obesidade é de 19,9%, e acompanha a média nacional. Em todo o País, 18,9% estão obesos. Houve aumento de 60% em relação a 2006, quando foi registrado 11,8%, atingindo um em cada cinco brasileiros. Nesse período, foi registrado aumento de 61,8% de diabetes e de 14,2% de hipertensão.A pesquisa mostrou que a obesidade aumenta com o avanço da idade, mas também afeta os mais jovens: de 25 a 44 anos, faixa etária em que o marcador chegou a 17%. A prevalência de obesidade duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os que tem menor escolaridade.“Acredito que a alta porcentagem em Campo Grande tenha ocorrido porque ainda existe muita dificuldade em conciliar os afazeres domésticos e profissionais com um estilo de vida mais saudável. As pessoas comem rápido demais, refeições pouco balanceadas, sem critérios nutricionais e, somado a isso, não praticam exercícios físicos”, enfatiza a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado, Renata Portella.
Os resultados integram a Pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada por telefone com 53.210 pessoas com mais de 18 anos nas capitais brasileiras, entre fevereiro e dezembro de 2016.
O estudo teve como base o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, calculado por meio de uma conta que divide o peso da pessoa pela altura elevada ao quadrado. Considera-se excesso de peso, quando o índice é igual ou maior que 25 kg/m² e obesidade, quando ultrapassa os 30 kg/m².
Em excesso de peso, Campo Grande fica atrás somente de Rio Branco (AC), que registrou 60,6%. Em seguida vem Natal (RN) e João Pessoa (PB), com 56,6% ambas, Fortaleza (CE) com 56,5%, Cuiabá (MT) registrando 56,4%, e Manaus (AM), com 56,3%. Palmas (TO) é a capital brasileira com a menor prevalência de excesso de peso (47,7%).
Pela pesquisa, em todo o Brasil, o excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. O problema é mais comum entre os homens: passou de 47,5% para 57,7% no período. Já entre as mulheres, o índice passou 38,5% para 50,5%.
Na Capital, a prevalência da obesidade é de 19,9%, e acompanha a média nacional. Em todo o País, 18,9% estão obesos. Houve aumento de 60% em relação a 2006, quando foi registrado 11,8%, atingindo um em cada cinco brasileiros. Nesse período, foi registrado aumento de 61,8% de diabetes e de 14,2% de hipertensão.
A pesquisa mostrou que a obesidade aumenta com o avanço da idade, mas também afeta os mais jovens: de 25 a 44 anos, faixa etária em que o marcador chegou a 17%. A prevalência de obesidade duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os que tem menor escolaridade.
“Acredito que a alta porcentagem em Campo Grande tenha ocorrido porque ainda existe muita dificuldade em conciliar os afazeres domésticos e profissionais com um estilo de vida mais saudável. As pessoas comem rápido demais, refeições pouco balanceadas, sem critérios nutricionais e, somado a isso, não praticam exercícios físicos”, enfatiza a presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado, Renata Portella.
Mudança de hábitos - O estudo também mostra as transformações dos hábitos alimentares da população. Houve redução da ingestão regular de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro, como o do feijão, que diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016.
Os números mostram que apenas 1 entre 3 adultos consome frutas e hortaliças em cinco dias da semana. De acordo com o Ministério da Saúde “esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade”.Os dados também indicam que o consumo abusivo de bebida alcoólica está estável: em 2006 era 15,7%, e em 2016, 19,1%.Apesar do cenário preocupante, a pesquisa aponta que o brasileiro reduziu quase pela metade o consumo de refrigerantes e sucos artificiais, pois em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016 foi 16,5%. A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%.|Em muitos países, conceitos de cuidados com a saúde estão mais difundidos do que no Brasil. Em Campo Grande, agora é que as pessoas estão se atentando sobre alimentação balanceada e atividades físicas, sem contar que o custo mais elevado de uma alimentação saudável ainda é levado em consideração|, acredita a endocrinologista. |Percebo que, aos poucos, a cultura saudável está caindo no gosto da população|, pontua.
Os números mostram que apenas 1 entre 3 adultos consome frutas e hortaliças em cinco dias da semana. De acordo com o Ministério da Saúde “esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade”.
Os dados também indicam que o consumo abusivo de bebida alcoólica está estável: em 2006 era 15,7%, e em 2016, 19,1%.
Apesar do cenário preocupante, a pesquisa aponta que o brasileiro reduziu quase pela metade o consumo de refrigerantes e sucos artificiais, pois em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016 foi 16,5%. A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%.
|Em muitos países, conceitos de cuidados com a saúde estão mais difundidos do que no Brasil. Em Campo Grande, agora é que as pessoas estão se atentando sobre alimentação balanceada e atividades físicas, sem contar que o custo mais elevado de uma alimentação saudável ainda é levado em consideração|, acredita a endocrinologista. |Percebo que, aos poucos, a cultura saudável está caindo no gosto da população|, pontua.
Campo Grande News