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Alta do feijão surpreende consumidores e supermercadistas em Sidrolândia

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Um item indispensável na mesa dos brasileiros subiu repentinamente e tem surpreendido consumidores nos principais supermercados de Sidrolândia, conforme apurou nossa reportagem os empresários donos das lojas não tem o que fazer e simplesmente estão repassando o preço.

Os supermercadistas das maiores lojas, Nutrimais, Nandas e Nutri Shopping não estão conseguindo segurar à alta, pois desde o início de janeiro, o preço do alimento teve um aumento de mais de 50%.

A auxiliar de serviços gerais, Carmem Veloso 43 anos, ficou surpresa quando começou a fazer as compras do mês e teve que levar menos pacotes dois pacotes de feijão carioca, em vez de quatro como é de costume. “Vou levar dois quilos, geralmente eu levo quatro ou cinco quilos por mês. Hoje eu vou levar dois quilos, porque está caro e não tem condições”.

O feijão já é encontrado em alguns supermercados de Sidrolândia de R$ 7,59 a R$ 10,09 dependendo da marca do produto.

Empresários - Para o empresário Acelino Cristaldo, dono do Nandas a alta atinge a todos ainda mais que o feijão é um produto diferente de outros grãos como arroz e milho onde é possível fazer estoque, pois ele perde a qualidade em cerca de 2 a 3 meses. O proprietário do Nutrimais Atacado, Buchanelli destacou que informar a sociedade sobre o caso é importante, pois os supermercadistas viram reféns e simplesmente são obrigados a repassar o aumento, mesmo se tirassem as margens de lucro, ainda ficaria caro para o consumidor.

Produção - Os maiores produtores de feijão do país estão concentrados no Paraná e em Minas Gerais, que tiveram a safra afetada por conta da estiagem. Um estudante de Economia e colaborador de um projeto que calcula o índice da cesta básica, João Paulo da Costa, afirma que a alta vai continuar por um tempo. “A previsão é que volte a ser normalizado a partir da entrada da segunda safra no mercado. Isso vai ocorrer no final de abril para maio|. E esse aumento, deve influenciar também no preço do principal substituto do carioca, o feijão preto.

Negócios - De acordo com a consultoria Safras&Mercado, há um ano a saca valia R$ 111,50 e no fechamento do mercado na terça-feira, dia 22,  valia R$ 280 na bolsinha em São Paulo. As cotações do feijão devem continuar subindo, de acordo com Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe).

“Já há negócios sendo reportados acima de R$ 300/saca principalmente no interior de São Paulo, onde produtores estão vendendo lentamente, Minas Gerais e no entorno de Brasília. A grande maioria dos produtores está fazendo preço médio, mas a expectativa é que os preços possam subir mais dentro do quadro atual de oferta e demanda”, explica.

A valorização do feijão é reflexo das quebras na colheita da 1ª safra 2018/2019, que responde por 40% da oferta total prevista para as três safras anuais do grão. De acordo com a Carlos Cogo Consultoria, a área de cultivo recuou 5% na 1ª safra 2018/2019, diante dos baixos preços recebidos pelos produtores ao longo do ano passado e do consumo interno enfraquecido.