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Vice-campeã de concurso, Anália revela que a dança foi pivô em sua história de amor

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Anália mostra recordações com muita alegria. (Foto: Suélen Duarte - Noticidade) 

A sidrolandense vice-campeã do Festival On-line da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul – Dança de Salão 2020, Anália Lopes de 70 anos de idade, recebeu a reportagem do Noticidade em sua residência e destacou que foi através da dança que ela e Wilson Canejo, 65 anos, se conheceram e decidiram viver uma história de amor. O casal foi vice-campeão do Festival organizado pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de MS).

“Tive uma vida muito sofrida, mas já passou. Conheci o Wilson há mais de 20 anos e juntos estamos vivendo em paz e harmonia, a dança nos uniu”, disse sorrindo. Anália é mineira e Wilson é nordestino, a combinação deu mais que certo, ambos são “chegados” a um bom baile.

“Meu pai era músico e minha mãe falava que oito dias antes de eu nascer ainda dançava, está no sangue, é só eu ouvir uma música boa que os meus pezinhos já começam a se mexer”.

Anália conta que morava em um sítio, juntamente com sua mãe e oito irmãos, sua vida era muito limitada, então, aos 15 anos foi viver na cidade de Dourados, onde trabalhou, se casou com um tratorista e teve seus quatro filhos. Depois, se separou e foi morar no interior de São Paulo, mas por conta de que sua mãe estava muito debilitada, decidiu voltar para o MS.

“Vim para cuidar da minha mãe e estou até hoje. Eu vivi muito tempo sozinha, conheci Wilson e tentei relutar, sou feminista, amo a minha liberdade, mas ele me conquistou. Depois que me aposentei estou vivendo a minha melhor idade, antes não podia desfilar, agora eu desfilo, o meu negócio é participar, se é algo bom eu quero participar”.

Em 2015, Anália conquistou o Miss Simpatia da Terceira Idade, já em 2017 foi Miss Melhor Idade de Sidrolândia e em 2019 tornou-se Miss da Associação Conviver da 3ª idade.

De acordo com ela, o seu marido é tímido, não gosta de desfilar, mas é muito companheiro e aceitou fazer parte do festival de dança, eles não esperavam que iriam chegar na final obtendo o segundo lugar. “Foi um ano muito difícil, então, é uma maneira de descontrair, nem tanto por ganhar, participamos mais por diversão mesmo e foi uma experiência incrível”, destacou ela.

Como a dança está presente na vida dos dois há tempos, o casal não sentiu dificuldade nos ensaios. Ela demonstrou confiança e declarou que a experiência foi muito positiva. 

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O Festival - A competição virtual foi organizada pelo Governo do Estado, via Gerência-Geral de Desenvolvimento de Atividades Desportivas e de Lazer (Gedel) da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), em uma ação inédita voltada à população idosa durante o período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A finalidade foi incentivar, por meio da dança de salão, a prática esportiva como forma de melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, do fortalecimento do sistema imunológico, além de proporcionar a integração entre centros de convivência de diversos municípios.

Foram quase três semanas de evento, que movimentou não só os casais participantes, mas também amigos, familiares, colegas e demais pessoas dos municípios. “O distanciamento físico, imposto pela pandemia, não deve ser necessariamente o distanciamento entre as pessoas. A gente pode estar junto on-line, unidos pela emoção e pelo esporte. Com esse Festival, a Fundesporte mostrou que é possível, mesmo com todas as dificuldades deste período, movimentar a terceira idade, levando alegria, diversão e, acima de tudo, qualidade de vida”, destaca o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Ferreira Miranda.

A final foi disputada ao som do gênero chamamé, com músicas de Delinha. Disputaram o título casais de Caarapó, Glória de Dourados, Ivinhema, Maracaju, Sidrolândia e Vicentina. Estes foram avaliados por cinco jurados técnicos, especialistas em dança de salão do Núcleo de Arte e Cultura (NUAC) da Secretaria de Estado de Educação (SED), vinculado à Fundesporte, que atribuíram nota de 1 a 5. Foram avaliados os quesitos ritmo, sincronismo, criatividade e expressão.

A dupla maracajuense sagrou-se campeã do torneio on-line ao receber média 4,96 dos jurados. Na segunda colocação, ficou Sidrolândia (Anália Lopes e Wilson Canejo), com 4,92. Ivinhema (Eunice Moura e João Ferreira) terminou em terceiro lugar, com 4,86. Vicentina (média 4,42), Caarapó (4,36) e Glória de Dourados (3,98) completaram a classificação final.

Sidrolândia, além de conquistar o segundo lugar no Festival, teve muita participação e conseguiu ser a cidade mais votada, foram 14.356 votos. Ivinhema foi a segunda mais votada, com 9.892, e Glória de Dourados recebeu 8.643 votos, as três cidades receberam kits esportivos (bola de voleibol, para a prática de vôlei adaptado aos idosos, rede de volei, bomba de inflar e cones) da Fundesporte. No total, foram 47.374 votos.

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