Publicado em 10/10/2024 às 19:14,
Com impacto direto no bolso do consumidor, a falta de chuvas já afeta os preços de alimentos essenciais na mesa dos brasileiros, além do clima, o mercado do boi gordo tem apresentado sinais de valorização e recuperação nos preços. A demanda por carne bovina, principalmente para exportação, está aquecida e caminha para um recorde histórico.
Em geral no Brasil, no fim de setembro, a arroba do boi gordo era negociada a R$ 268, na média entre os dias 23 e 30, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No fim de agosto, a média era de R$ 238,33. Porém hoje o preço da arroba do boi gordo é de R$ 290,85.
Em Sidrolândia, o coxão mole que era vendido a R$ 34,99 em média, hoje está custando em torno de R$ 42,99, um aumento de 22,86%.
Para os proprietários de supermercados e açougues, em Sidrolândia, além da alta no preço da carne, já existe uma preocupação no racionamento por parte dos frigoríficos, “dependendo do dia, quando solicito dez peças, me oferecem cinco, por exemplo”, destacou o empresário Buchanelli, dono do Nutrimais Atacado.
A alta devolve inflação anual das carnes para o campo positivo após 19 meses.
Outros alimentos - Em Mato Grosso do Sul, dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam uma alta de 21,85% no preço do pacote de arroz com 5 quilos no acumulado dos últimos 12 meses, por exemplo. Outros produtos que também tiveram majoração nos preços foram o feijão e a carne bovina.
Conforme os preços monitorados pelo Dieese, o pacote com 5 kg de arroz branco, o principal componente da alimentação básica do brasileiro, custava R$ 25,90 em setembro do ano passado, enquanto neste ano passou para R$ 31,55 (21,85%), acréscimo de R$ 5,65 em um ano. Considerando apenas o intervalo entre dezembro de 2023 e setembro deste ano, a alta foi de 9,5%.
O feijão também teve aumento de preços ao longo de 12 meses, passando de R$ 6,91 por quilo para uma média de R$ 7,43 por quilo no mês passado – alta de 7,68%. Segundo dados do Dieese, em Mato Grosso do Sul, a carne bovina também segue tendência de alta.