Nos próximos 30 dias a Sanesul vai abrir nova licitação para construção da rede de água na agrovila do distrito do Capão Seco. A obra já foi licitada duas vezes, em setembro e no final do ano passado, mas não foi concluída porque nenhuma empresa apresentou proposta.
O secretário de desenvolvimento rural e meio ambiente, Antônio Galdino, e o Adjunto, Edno Ribas, estiveram na sede da estatal em Campo Grande, junto à subprefeita, Edilaine Tavares, e do presidente da Associação dos Moradores da Agrovila Cidade Viva, Aldeci Teixeira. Foram recebidos pelo diretor Comercial e de Operações, Onofre Assis de Souza e pelo engenheiro, Thiago Becker Modesto da Silva.
Além de confirmar a nova licitação, o diretor da Sanesul informou que os moradores não pagarão pelo caixa e os hidrômetros. Só será feita ligação em lotes onde já há casa, uma por CPF, e o morador vai precisar ter Cadúnico, além de documentos pessoais como o título de eleitor.
O projeto prevê implantação de 8,2 km de rede de água com 300 ligações, de um reservatório para 50 mil litros. O investimento previsto é de R$ 1,4 milhão.
Desde maio do ano passado está pronto o poço artesiano, perfurado pela Sanesul, com vazão de 15 mil litros de água.
Os moradores da agrovila esperem há cinco anos pela implantação da rede de água que foi autorizada em 2018, mas estava condicionado a disponibilidade da rede de energia elétrica que foi implantada no início de 2020. Em maio daquele ano foi feita a cessão de uso da área onde a Sanesul vai perfurar o poço e o reservatório.
Como o documento não passou pelo crivo da assessoria jurídica do Incra, o processo foi refeito e só foi concluído ano passado pela prefeita Vanda Camilo. A prefeita alterou o termo de cessão de uso da área de 24,9 hectares do Incra para a Prefeitura, assinado em fevereiro de 2016, permitindo a instalação da rede de água.
Enquanto a rede de água não entra em funcionamento, os moradores recorrem a poços caseiros ou recorrem aos povos do posto de saúde e o perfurado pelo Incra.
Origem
A agrovila Cidade Viva, se originou da ocupação feita em 2015 por um grupo de famílias do Assentamento Eldorado que reagiram a tentativa de invasão dos 24 hectares por acampados organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A área, no entroncamento das estradas MS-258 e MS-453, foi reservada pelo Incra para ser a agrovila do assentamento. Foi dividida em 600 lotes e em 2019 trocou o núcleo urbano do distrito do Capão Seco. Há sete anos foi assinada a cessão de uso da área para a Prefeitura.