Com a necessidade do isolamento social devido a pandemia do coronavírus, muitas pessoas tiveram os gatilhos dos transtornos mentais acionados. Conforme a psicóloga e gerente mental de Sidrolândia, Ana Paula Barbosa dos Santos, formada pela Anhanguera Uniderp, especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica, Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos, pós-graduada em Educação Especial, Diversidade Cultural e Inclusão Social, especialista em Psicologia Organizacional, especialista em Avaliação Psicológica e especializada em Neuropsicologia, houve um aumento da procura por psicólogos no município, tanto presencial, quanto online.
De acordo com ela, as principais queixas são os sintomas de depressão, depressão recorrente e os transtornos ansiosos, principalmente, aqueles que lembram muito a síndrome do pânico, que possuem alterações físicas, neurovegetativas, cognitivas, psicológicas, ao ponto de ter uma sensação de morte. Pessoas que tem um histórico, uma pré-disposição, seja familiar, genética, são as que mais estão sendo afetadas. “Vemos também a questão da ideação suicida, por conta da perda de emprego, as questões de planos e projetos que estavam sendo construídos e colocados agora para esse ano de 2020 para se concretizar. Em Sidrolândia, vejo uma parcela muito grande de demissões, apesar de ser uma cidade relativamente pequena, sofreu um impacto econômico muito grande”, afirmou.
A mudança na rotina das famílias, a proximidade entre os membros, deixou evidente os conflitos, principalmente devido aos impactos econômicos que afetaram a vida socioeconômico. Os estresses, transtornos mentais já citados, o uso em excesso da tecnologia, a falta de rotina afetou, principalmente, as crianças e os adolescentes.
Segundo ela, ter um espaço para conversas francas, paciência, combinados com os filhos, separar um tempo seja para fazer atividades físicas e aproveitar o momento em que estão dialogando para deixar claro que estão em um período de desenvolvimento, transformação, maturação, em todos os sentidos, são maneiras que realmente funcionam.
“É preciso que os filhos sintam que possuem um espaço para conversar abertamente sobre as suas questões, os pais com um pouco mais de paciência, com parcimônia para entender as questões e fazer combinados, esses combinados são sempre importantes para os filhos saberem que se eles não forem cumpridos, terão consequências”, disse ainda que o fato de ameaçar e não cumprir o que foi planejado não é uma coisa que funciona, e que a perda da rotina para as crianças e adolescentes realmente são prejudiciais. “Cria-se uma fantasia de que não há regras, que estão livres para fazer o que quiser, a hora que quiser, quando quiser”, assegurou.
Para a psicóloga e muitos outros especialistas, em tempos de pandemia, a palavra da vez é a adaptação, se ajustar na condição do ambiente, para continuar minimamente saudável, sobretudo, a saúde psíquica.
“Uma imensidão de cursos online apareceram nesse período sobre vários assuntos, várias abordagens, vários temas, inclusive, aulas online de prática de atividades físicas, muitos personal trainers fazendo vídeos de como você pode continuar sua atividade física sem estar na academia, mas se cuidando em casa, os nutricionistas também estão fazendo muitas lives, falando da questão da alimentação saudável, do horário de se comer, do que comer, então eu creio que a palavra da vez hoje é adaptação”.
A psicóloga atende pelo município de Sidrolândia e também em sua clínica, que fica localizada na Rua Acre, 800, Bairro Jandaia, ou através do telefone (67) 99917-2793.