Com a inauguração nesta sexta-feira (09), do Centro Municipal de Referência Materno Infantil, Sidrolândia passa a contar com estrutura especializada em pré-natal de gestantes de gravidez de risco e recém-nascidos prematuros ou com algum problema de saúde. O Centro tem ultrassom de última geração equipado para exames double e morfológicos.
Além de Sidrolândia, também será referência para o atendimento de gestantes de alto risco de Terenos. Em 2022 foram computadas 101 gestantes de alto risco, 86 sidrolandenses e 15 do município vizinho, além de 46 bebês de muito e alto risco.
A expectativa é que neste ano passe pelo Centro 600 gestantes. A unidade contará com uma equipe multidisciplinar integrada por dois médicos (um obstetra e outro que opera o equipamento), enfermeira obstetra, pediatra, psicólogo, nutricionista, assistente social e técnico de enfermagem, além do suporte da Clínica de Fisioterapia.
Segundo a prefeita Vanda Camilo o Centro é resultado da parceria com o Governo do Estado que adquiriu o ultrassom e repassará R$ 20 mil por mês para custear o funcionamento da unidade. Integra a estratégia da Secretaria Estadual que com o projeto Bem Nascer pretendia reduzir os índices de mortalidade infantil, fetal e materna. Hoje a mortalidade infantil está em 15,62% para grupos de mil nascidos vivos, acima da média estadual que é de 12,25%.
Segundo a enfermeira obstetra Juliana Teixeira de Carvalho Beme, Coordenadora da Rede Cegonha Sidrolandense, os exames de imagem mais detalhados e completos, como o double. São realizados no terceiro trimestre de gestação, entre a 32ª e 36ª semanas. O equipamento avalia a oxigenação, os batimentos cardíacos e a circulação sanguínea entre o bebê e a placenta e desta com a mãe, assim como o desenvolvimento fetal.
No exame morfológico podem ser encontrados no Sistema Nervoso Central, extremidades esqueléticas, face, coração, rins e outros órgãos internos do feto.
No 3⁰ trimestre também são avaliados sinais ultrassonográficos como visualização do osso nasal e mensuração da prega nucal. O bebê de risco também terá acompanhamento do pediatra, nutricionista (para seguir dieta específica se tiver desenvolvido diabete) e fisioterapia se for necessário. A gestante terá acompanhamento psicológico e da assistente social, que a encaminhará para a Assistência Social se tiver em situação de vulnerabilidade.