O município de Sidrolândia está em luto, a morte precoce e brutal da professora Telma Ferreira Rabero de 44 anos de idade, vítima de feminicídio mobilizou a comunidade que saiu às ruas no final da tarde deste domingo (11) em uma carreata em forma de protesto.
Telma foi assassinada em sua própria casa, a golpes de foice pelo marido Jadir Souza da Silva de 51 anos de idade, ele ainda continua foragido.
Consternados com a morte e ao mesmo tempo revoltados com a forma violenta e covarde que isso ocorreu, amigos, familiares e a comunidade em geral se uniu em um protesto por justiça e contra crimes de feminicídio e violência contra mulher.
Ao final da carreata, participantes do ato se reuniram (mantendo o distanciamento social) no canteiro da Avenida Aquidaban e no local realizaram orações.
A secretária de Assistência Social e cidadania de Sidrolândia, a Psicóloga Aletânia Ramires Gomes lamentou e repudiou o crime. Em uma rede social ela destacou: “Não matou porque é louco; Não matou porque tem algum tipo de transtorno; Não matou porque tem depressão; Não matou por amor. Matou porque é um feminicida, porque achava que a mulher era sua propriedade e não tinha o direto de recomeçar a sua vida. Não vamos patologizar a violência porque não é um problema de causa biológica é uma questão sociocultural, onde está presente o machismo que leva a misoginia, que é o ódio às mulheres, pregado e perpetuado pela sociedade patriarcal”, finalizou ela.
Apoio - Fernanda Félix que é delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) disse que todo o crime de feminicídio é um crime evitável e que se a mulher pedir proteção, ela conseguirá evitar um crime maior. O ciclo da violência doméstica pode ser quebrado com a solicitação de medidas protetivas e as medidas cautelares diversas, previstas na lei Maria da Penha. A mulher deve procurar ajuda.
Disque 100 / 180 - São telefones a nível nacional, que funcionam 24 horas. Se a pessoa ligar cairá em uma central, com policiais civis e militares, que vão direcionar a ligação para o estado e município de origem. O objetivo é receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços, se necessário.