Publicado em 05/04/2019 às 08:25,
O pastor Luciano Linzmeyer foi colocado em liberdade ainda na noite de ontem (04), ele estava detido na delegacia de polícia civil de Sidrolândia e nem passou por audiência de custódia, pois o Juiz levou em consideração a justificativa de seu advogado alegando que ele é réu primário e tem residência fixa. Luciano pagou R$ 5 mil reais e foi liberado da delegacia.
Anteriormente, devido à gravidade do crime o delegado Diego Dantas achou por bem não arbitrar fiança, pois o somatório máximo das penas chega a 7 anos, por isso não cabia fiança no inquérito policial e conforme informações o delegado só pode arbitrar fiança em penas de até 4 anos, superior a isso somente com a audiência de custódia ou decisão judicial.
A Justiça foi rápida e um dia após o flagrante colocou o pastor em liberdade. Contudo, ele deve responder pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e receptação. Apesar da decisão do Juiz, o delegado de polícia afirmou que a investigação continua.
O caso - Equipes da Polícia Civil encontraram o arsenal durante investigações de ameaça feitas pelo suspeito no fim de 2017. De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais foram à casa do pastor Luciano Linzmeyer para cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela justiça durante as apurações de uma ameaça feita por ele contra um mestre de obras que trabalhou na reforma da igreja em que ele é pastor.
O caso aconteceu em dezembro de 2017 e segundo a vítima durante uma discussão Luciano sacou uma arma e o perseguiu pelas ruas para matá-lo. Na quarta-feira a noite os policiais foram a casa dele, na Avenida Antero Lemes, com a ordem judicial em mãos e descobriram um arsenal guardado no local.
Foi apreendido um revólver calibre 38 com seis munições, uma espingarda calibre 4.5 e um rifle calibre 22. Além disso, foram encontrados capuz, carregador de pistola 9 milímetro, luneta de mira holográfica, um kit de limpeza para espingarda, um colete a prova de balas, um coldre para revólver, peruca, soco inglês e outras 847 munições – sendo cinco calibre 38, 1 calibre 12, 150 calibre 9 mm e 691 calibre 22 de três marcas diferentes.
Em depoimento, o pastor afirmou que também é construtor civil autônomo e negou as ameaças pela qual é investigado. Sobre as armas explicou que são todas de uma “coleção de família”, que o revólver calibre 38 apreendido passou de geração para geração e que guarda os acessórios porque sempre gostou de “coisas táticas”, mas garantiu nunca ter usado nenhuma delas.
Sobre as munições 9 milímetros, que são de uso restrito, o pastor afirmou ter comprado por engano e ainda explicou que ganhou o colete a provas de bala de um amigo, que não iria identificar. Ele ainda se negou a falar se participava de caças.
Diante do flagrante, o delegado Diego Dantas, da Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia, indiciou Luciano por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por receptação, isso por conta do colete encontrado na casa. Conforme a polícia, para comprar o equipamento é necessária uma autorização prévia do Exército e também restrição de importação, o que o pastor não possuía.