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Hospital contraiu dívida de R$ 1,2 milhão e pode demitir metade dos funcionários

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Direção admite que investiu alto acreditando na regularidade dos repasses. (Foto: Noticidade)

Em uma coletiva a Imprensa na noite de ontem, a diretoria do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, que é uma associação beneficente sem fins lucrativos comunicou que ao longo dos últimos dois meses contraiu uma dívida de R$ 1,2 milhão de reais.

O Presidente do Hospital, o empresário Jacob Breure fez um apelo a comunidade para que pressionem a classe política por liberação de recursos, caso contrário terá que demitir 50% dos funcionários e consequentemente diminuir os atendimentos no único hospital de Sidrolândia.

A direção da entidade admitiu que para promover cirurgias e ampliar o atendimento médico gastou bem mais do que o normal, o custo de manutenção e equipes médicas para atendimentos de Covid também pesaram no orçamento, além de investimentos em sistemas de informática e equipamentos. Só no mês de maio o Hospital gastou quase R$ 1,4 milhão, contudo arrecadou mais de R$ 1,5 milhão.

O rombo começou em Junho quando o Hospital arrecadou apenas R$ 683 mil reais com média de gasto de mais de R$ 1 milhão de reais ao mês. Em Julho, o Hospital recebeu apenas R$ 429 mil reais. Com isso, acabou contraindo uma dívida de R$ 1,2 milhão e corre o risco de ser negativado, caso não promova o pagamento. 

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“Se não houver aumento de receita com pagamento em dia, vamos ter que demitir pessoal, pelo menos metade do que temos hoje, para conseguir trabalhar na média de R$ 800 mil de gasto ao mês e ainda assim vamos ter que cortar mais custos para poder pagar essa dívida”, disse Eduardo Terra.

Como costuma fazer constantemente, Jacob reclamou da prefeitura, dos vereadores, do Ministério Público e até da Imprensa, “parece que estão todos contra nós”, disparou. Ele foi advertido pelo ex-presidente da Câmara, o vereador Sandro Luiz afirmando que o legislativo já repassou R$ 200 mil reais e autorizou mais R$ 200 mil, deixando claro que não houve omissão da câmara em ajudar. Sandro também anunciou uma emenda do Senador Nelson Trad no valor de R$ 150 mil para ajudar a entidade.

Presente na reunião, o Secretário de Saúde Luiz Carlos Pitó preferiu não se manifestar, porém posteriormente disse que o poder executivo sempre foi parceiro da entidade e continuará sendo, contudo não pode bancar a totalidade destes custos.

Sob a gestão de Vanda Camilo, a Prefeitura aumentou de R$ 165 mil (2019) para R$ 253 mil (2021) o repasse da subvenção municipal para o Hospital, repassou R$ 50 mil a mais junto com os R$ 200 mil da câmara. Só em Janeiro, logo que assumiu a prefeitura de forma interina, Vanda Camilo repassou R$ 520 mil em receita própria municipal para a instituição hospitalar. Deste montante, R$ 400 mil foram de aditivo da contratualização, em parcela única, enquanto que R$ 120 mil se referem à contrapartida do Município para custeio da Ala Covid (que também conta com a mesma quantia transferida pelo Governo Federal).

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Prefeitura tem outro compromisso mensal com o Hospital, que é a contratualização, junto com o Estado e a União. O município repassa R$ 82.075,00, o Governo do Estado mais R$ 90.428,57, e o Governo Federal outros R$ 132.805,99.