O município de Sidrolândia infelizmente registrou o sexto caso de suicídio ontem (13). José Severo da Silva de 37 anos foi encontrado morto no início da noite.
Conforme informações apuradas no local, vizinhos localizaram o corpo pendurado em uma árvore em um terreno no final da Rua General Pinho aos fundos do Jardim Paraíso, o local é rodeado por chácaras e tem pouca movimentação.
A Polícia Militar esteve no local e acionou a Polícia Civil e a Perícia, a Delegada Thais Duarte Miranda também se deslocou e acompanhou a retirada do corpo que até então não havia identificação, pois ele não portava nenhum documento. Horas depois, o cunhado da vítima esteve na delegacia e apresentou a documentação dele.
José Severo da Silva deixa esposa e um casal de filhos. Amigos e familiares lamentaram a morte dele nas redes sociais.
Números alarmantes - É o segundo caso em 4 dias, na sexta-feira outro homem de 38 anos também se matou em casa. Só este ano, seis pessoas cometeram suicídio em Sidrolândia, o número é maior que os casos de homicídio, por exemplo, onde cinco pessoas foram assassinadas na cidade.
Campanha - Ao longo deste mês de Setembro, a Secretaria de Saúde promove uma série de ações e eventos voltados a conscientização e prevenção ao suicídio, sob o tema “todos pela vida”.
Como ajudar alguém - Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a se aproximar de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso.
Na rede pública, a indicação é procurar os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). É possível marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. O Centro de Valorização da Vida (CVV), faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.
É preciso falar sobre suicídio - Apesar dos mitos envolvendo o tema, a prevenção ao suicídio avança. Na década de 1980, um estudo nos EUA afirmava que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que "não podemos falar sobre o assunto". Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio.