Publicado em 18/10/2024 às 12:07,
Antes do fim do prazo para efetuar o pagamento de guia judicial no valor de R$ 80 mil, o delator da Operação Tromper, Tiago Basso da Silva, desembolsou o dinheiro. Ele tinha até o dia 31 deste mês para quitar o débito, que se deixado para trás poderia invalidar o acordo de colaboração premiada firmado em outubro do ano passado, mas o depósito foi feito na quarta-feira, dia 16.
O montante é o que Basso admitiu ter recebido a título de propina por fazer parte do esquema de corrupção instalado na Prefeitura de Sidrolândia e se compromete a devolver o valor aos cofres públicos em um ano, conforme consta numa das cláusulas do acordo.
A delação de Tiago Basso engrossou o conjunto de provas juntadas pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e pela 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia para chegar ao acusado de liderar o esquema, o vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra (PSDB).
No ano passado, logo após assinar a colaboração com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Basso deixou a prisão, três meses após ser preso na segunda fase da Tromper. Ele confessou fazer parte de organização criminosa e cometer corrupção passiva (receber propina). Em troca, Basso, que estava preso há meses, deixou a cadeia no dia 31 de outubro de 2023.
Com a coleta de provas e a investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) na terceira fase da Operação Tromper, o Ministério Público denunciou 22 pessoas por envolvimento nas fraudes em licitações para o fechamento de contratos em Sidrolândia. A acusação alega que organização criminosa tinha “atuação predatória e ilegal”, agindo com “gana e voracidade”.