Publicado em 02/06/2019 às 19:44,
Para abrir a semana de combate ao Feminicídio no município de Sidrolândia, Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher, órgão vinculado à Secretaria de Governo e Desburocratização promoveu no último sábado (01) uma caminhada para levar a mensagem contra esse crime que vem crescendo a cada dia em todo o País.
Sidrolândia está no topo do ranking estadual dos municípios até 100 mil habitantes com registros de crimes de violência doméstica. Esse índice alarmante mobilizou autoridades municipais, a exemplo do prefeito Marcelo Ascoli, primeira-dama Ana Lídia, Presidente da Câmara Carlos Henrique Olindo, Secretário de Governo Clayton Ortega, vereadores Valdecir Carnevalli, Cledinaldo Cotócio, Vilma Felini, Waldemar Acosta, Edno Ribas, Delegada Thais Duarte, e várias lideranças fizeram questão de apoiar e participar da caminhada contra o feminicídio.
O evento levou mais de mil pessoas às ruas com a mensagem de conscientização a população. Com faixas, cartazes e manifestações, homens, mulheres e famílias se reuniram na praça do Bairro São Bento e caminharam na Rua João Marcio Ferreira Terra, adentraram na Avenida Dorvalino dos Santos e caminharam até a praça central onde o ato foi encerrado com discursos de autoridades, todos em apoio ao fim da violência contra a mulher e o feminicídio. Parentes de vítimas desse crime também participaram do ato.
“A maioria dos casos de feminicídio ocorrem pelo fato dos homens não aceitarem o fim do relacionamento. Como foram criados na cultura machista, muito deles acreditam que são superiores e que as mulheres são uma propriedade deles e isso tem que acabar”. Destacou a Psicóloga Aletânia Ramires Gomes da Coordenadoria da Mulher que trabalhou a frente da organização da caminhada e agradeceu o total apoio do prefeito Marcelo Ascoli e de todos os envolvidos.
O crime - “A matança de mulheres por homens, porque elas são mulheres”. Essa é a definição da palavra feminicídio, usada pela primeira nos anos 70 pela autora feminista Diana E. H. Russell. Hoje, ainda mais casos de mortes de mulheres são registrados e o motivo continua sendo grotesco e absurdo: mortas em razão de serem do gênero feminino. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Em Mato Grosso do Sul, a violência contra a mulher chegou a um ponto crítico. Segundo a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o estado registrou 27 casos de feminicídio no ano passado. É como se em média 2,25 mulheres fossem mortas a cada mês.
Em 2019, só neste primeiro semestre foram registrados 16 casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul.