Publicado em 15/05/2019 às 10:33,
Com dois votos contra (Vilma Felini e Fá) e uma abstenção (Itamar Souza) a Câmara Municipal de Sidrolândia aprovou na sessão de ontem o projeto de suplementação no orçamento da prefeitura em 35% e certifica o remanejamento de dotação por decreto de recursos de cerca de R$ 63 milhões de reais sem que seja necessária qualquer autorização do legislativo.
O placar da votação foi 11 a 3, neste caso o presidente da Câmara não vota, porém Carlos Henrique deixou claro que não era favorável a suplementação de 35%, tendo em vista que anteriormente já havia sido liberado 10%, e seria favorável ao crédito suplementar ou adicional que nunca foi negado quando passou pela câmara tais pedidos e isso daria mais transparência na liberação de recursos para o executivo, ele ainda destacou falhas na previsibilidade da equipe técnica da prefeitura na questão do orçamento.
A vereadora Vilma Felini disse que os vereadores não querem travar o município, pelo contrário, destacou que o executivo faz muitos projetos equivocados e ele mesmo se trava. “A prefeitura de Campo Grande tem apenas 5% de suplementação e toca a capital, nós aqui já demos 10% e agora querem mais, nós vereadores queremos apenas acompanhar de perto os gastos que a prefeitura está fazendo porque somos poderes independentes, a câmara não é uma extensão da prefeitura”. Destacou ao citar dificuldades do município e afirmando que os recursos do executivo precisam ser mais bem aplicados.
O vereador Fá propôs uma emenda no projeto liberando 20% (R$ 36 milhões), contudo a mesma não foi aprovada. Ele destacou que a liberação de 35% era desnecessária e que a câmara deveria chegar a um meio termo justamente para acompanhar mais de perto os investimentos do executivo, “R$ 63 milhões é muito dinheiro e não pode ser praxe ficar dando suplementação à prefeitura”, afirmou.
Cledinaldo Cotócio que retornou a liderança do prefeito na Câmara disse que outros prefeitos tiveram os mesmos 35% de suplementação e por isso Marcelo também merece o mesmo voto de confiança. Os vereadores Edno Ribas e Professor Tadeu também defenderam o executivo, assim como o vereador Otacir Figueiredo.
“Quando aprovamos a LOA (Lei Orçamentária Anual) eu sugeri que não déssemos nada de suplementação ao executivo até porque seria uma forma de sabermos aonde está sendo destinado os recursos do município, mas olhando para o lado do desenvolvimento e da dificuldade nas nossas escolas e investimentos que estão sendo feitos, entendo que é necessário garantir essa suplementação”. Destacou Otacir.
Os vereadores da base do prefeito Marcelo Ascoli comemoraram a vitória e contaram com o apoio dos vereadores Adilson Brito, Valdecir Carnevalli e Waldemar Acosta gerando um placar amplo com 11 votos a favor.
