Mato Grosso do Sul vai unir forças com os estados de São Paulo e do Centro -Oeste para viabilizar o projeto da ferrovia Oeste e, consequentemente, dar musculatura para consolidar de vez o plano de implantação da malha ferroviária TransAmericana.
Na quarta-feira (29), em São Paulo, o governador Reinaldo Azambuja – acompanhado dos secretários Eduardo Riedel (Segov) e Jaime Verruck (Semagro) – se reuniu com o CEO da empresa Rumo Logística, Júlio Fontana, e discutiu estratégia para efetivar o plano da ferrovia que vai unir os oceanos Atlântico e Pacífico.
” A reunião foi um passo importante porque o Júlio (Fontana) é o CEO do projeto da TransAmericana e hoje eu vi nele um grande otimismo, conseguimos enxergar mais de perto a realização da revitalização deste modal que passa por Mato Grosso do Sul”, explicou o governador.
Além do entusiasmo de Reinaldo Azambuja e do setor privado, o governador João Doria deve somar esforços no cenário nacional. Ele já galga a realização da reconstrução da ferrovia Paulista e deve compor o grupo para reivindicar a ferrovia Oeste. “Vamos busca na agenda com o ministro Tarcísio (Infraestrutura) a inclusão da ferrovia Oeste na PPI (Programa de Parceria de Investimentos), vislumbrando a realização posterior da Transamericana”, frisou.
No fórum sobre PPPs e Concessões da Revista Exame, na última terça-feira (28), o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas reconheceu a importância de efetivar a ferrovia e, segundo o governador, fez compromisso de colocar a malha Oeste na PPI e dar viabilidade aos investimentos.
“A retomada da ferrovia, transportando riquezas do nosso Estado, melhorando e agregando valores aos nossos produtos é fundamental, mais do que nunca devemos ter uma composição definitiva de uma restruturação de toda essa malha Oeste que atravessa Mato Grosso do Sul de Três Lagoas a Corumbá”.
Porém, o projeto é mais do isso. “Significa a realização da TransAmericana que vai interligar os oceanos passando pelo nosso Estado. Então é um ambiente comum de apoio que eu tenho certeza que os governos de São Paulo, Mato Grosso e demais estados do Centro-Oeste vão somar para que a gente tenha esse modal concluído”.
A integração do Brasil com a Bolívia, Peru, Argentina e Chile por meio desta estrada pode acontecer em breve, prevê o governador. “Conseguimos avançar no que se refere a efetivação do projeto porque temos hoje uma organização, houve o cuidado de um planejamento e vejo que nos próximos meses teremos boas notícias”, finalizou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, explicou que o Estado está dando continuidade na estratégia de desenvolvimento com investimento em logística, mas salientou que o projeto atual está dentro de um escopo completamente diferente e muito maior.
“Dentro dessa estrutura de Portos, Rota Bioceânica, investimento nas rodovias internas do Estado por meio do Fundersul, nós temos como foco restabelecer a malha Oeste que é a nossa antiga ferrovia, porém hoje o conceito é muito mais amplo, focamos na ferrovia TransAmericana que servirá para integrar o pacífico ao Atlântico”, pontuou.
Transamericana
O projeto da ferrovia transamericana vai interligar os oceanos e agregar valores econômicos e de desenvolvimento para os cinco países. A malha, segundo o governador Reinaldo Azambuja, é de extrema importância também para os Estado de São Paulo, pois o projeto inicia no Porto de Santos (SP) e vai até os portos do Pacífico, tanto no Chile como no Peru.
“É um projeto prioritário para o Governo que temos dedicado muito esforço porque entendemos que é fundamental. A ferrovia não é apenas forma de escoamento, mas um projeto de integração e eixos de desenvolvimento dos países, agregando outros valores”. disse Jaime Verruck.