Publicado em 06/11/2024 às 08:12,
Praticantes do Centro de Equoterapia Passo a Passo, em parceria com o Sindicato Rural de Maracaju, participaram da primeira prova de Tambor do Centro Hípico de Maracaju, na categoria Paratambor. O evento, organizado pela equipe do Centro Hípico, trouxe diversas categorias e provas, incluindo a modalidade adaptada para paratletas.
A participação dos praticantes da Equoterapia foi um destaque especial, reunindo Edmar Franco Arguelho, Gabriel Martins de Souza, Guilherme Brites Fernandes, Davi Rojas Comandante Teixeira e Iago Carvalho Barcelos, que realizaram a prova com entusiasmo e apoio da dedicada equipe de profissionais: o equitador Nilo, a psicóloga Isabella e o educador físico Edilson.
A categoria Paratambor, regulamentada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), é uma modalidade direcionada a competidores com limitações físicas e/ou sensoriais, permitindo que esses atletas demonstrem sua habilidade e determinação no esporte. O nome “Paratambor” reflete a natureza inclusiva e adaptada dessa modalidade, que antes era conhecida apenas como “Três Tambores”.
A história de Guilherme Brites Fernandes
Entre os praticantes, a história de Guilherme Brites Fernandes, de 6 anos, chamou atenção. Diagnosticado com a Síndrome de Guillain-Barré aos quatro anos e 40 dias após uma vacina, Guilherme enfrentou uma dura batalha. A síndrome, que começa com perda de força nos pés e pode atingir todo o corpo, levou Guilherme a uma internação de dois meses, durante os quais os médicos informaram que ele seria “um milagre, caso voltasse a andar”. Com o apoio de sua família e o início das sessões de equoterapia, ele iniciou um processo de superação.
Quando Guilherme iniciou a equoterapia, ele não conseguia sentar, andar ou mover seus membros sem auxílio. Após o primeiro contato com o cavalo, os progressos começaram a aparecer: já na primeira aula, ele movimentou os dedos dos pés, surpreendendo a todos. “Foi um misto de choro e alegria de presenciar, com apenas 5 aulas de equoterapia ele começou a sentar sem ajuda”, disse a mãe de Guilherme. Cada aula trouxe novas conquistas, devolvendo-o a uma vida com mais autonomia e qualidade.
Para a mãe de Guilherme, a equoterapia representou um verdadeiro renascimento. “Através da equoterapia, pudemos ver a importância do acesso a essa prática e a evolução dos nossos filhos. Somos muito gratos à equipe, que faz a diferença na vida das crianças e adultos”, relata.
O Centro de Equoterapia Passo a Passo e o Sindicato Rural de Maracaju expressaram gratidão a toda equipe, familiares, praticantes e apoiadores do projeto, que se dedicam a melhorar a qualidade de vida dos participantes com diferentes necessidades. A participação na prova de Tambor foi uma celebração do esforço conjunto e uma oportunidade de mostrar a evolução dos praticantes.