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Polícia Federal cumpre mandatos contra o tráfico em Maracaju e mais três cidades

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Polícia Federal cumpre três mandados em Maracaju. (Foto: Adilson Domingos) 

Nesta terça-feira (7), Operação da Polícia Federal no Rio Grande do Sul cumpre 22 mandados em quatro cidades de Mato Grosso do Sul. O alvo é um esquema de envio de cocaína da fronteira com o Paraguai para cidades gaúchas.

São dois mandados de prisão cumpridos em Dourados, dois em Deodápolis e um em Maracaju. Também são cumpridos 17 mandados de busca em Dourados (9), Deodápolis (4), Maracaju (2) e Ponta Porã (2). A PF não divulga nomes de investigados.

Segundo a Polícia Federal, a Operação Geminus visa desarticular organização criminosa dedicada ao transporte de cocaína de Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul.

Nos três estados em que a operação foi desencadeada (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul), estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão (a maioria em MS).

Também são cumpridas ordens judiciais para sequestro de 52 imóveis e de 70 veículos, entre automóveis, jet skis, caminhões, carretas e tratores. A PF cumpre ainda o bloqueio de valores em contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Os bens a serem sequestrados estão estimados em 50 milhões de reais.

De acordo com a PF, a organização criminosa, comandada por núcleo familiar estabelecido em Deodápolis (MS) e Viamão (RS), utilizava o agronegócio e outras atividades econômicas formais como fachada para ocultar os valores obtidos com o tráfico internacional de drogas, principalmente de cocaína.

A quadrilha transportava a droga em caminhões, a partir da fronteira de Mato Grosso do Sul, para propriedade rural no município de Viamão, de onde era distribuída para traficantes locais do Rio Grande do Sul, principalmente das regiões de Porto Alegre e Vale dos Sinos.

Iniciadas em agosto de 2019, as investigações demonstraram que a organização criminosa movimentou 5 toneladas de cocaína em um ano.

O dinheiro obtido com o tráfico era inserido na economia formal através de simulação de prestação de serviço de transporte, declaração de produção de grãos inexistente, atividade pecuária na região de Deodápolis, empresa de locação de máquinas e equipamentos para a construção e outras aquisições de bens móveis e imóveis em nome de terceiros.

Conforme a Polícia Federal, a operação foi denominada Geminus, porque dois integrantes do alto escalão da organização são irmãos gêmeos idênticos, sendo que um deles gerencia os negócios ilícitos no Rio Grande do Sul e o outro em Mato Grosso do Sul.