É fato que a pandemia do coronavírus ainda não acabou, no entanto, é de conhecimento de todos que, principalmente, por conta das eleições municipais, muitas pessoas deixaram de seguir as recomendações de proteção e, agora, após as eleições, o aumento expressivo dos casos, em Maracaju, têm preocupado as autoridades.
Nesta quarta-feira (25), o prefeito Maurilio Azambuja (MDB) esteve nas emissoras de rádio para alertar sobre o aumento significativo dos casos e afirmou que, caso o vírus contaminasse 20% da população, terá que tomar medidas drásticas. Atualmente, conforme o último boletim epidemiológico divulgado nesta quarta, cerca de 741 pessoas estão contaminadas, 100 pessoas ainda estão em investigação, aguardando resultado do LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública).
O pronunciamento gerou especulações e muita aflição nos comerciantes, a maioria teve prejuízo durante o ano. Com a possibilidade de terem que fechar as portas novamente, a classe empresarial, comercial e apoiadores, nas redes sociais, estão pedindo para que a comunidade coopere e faça a sua parte, pois o fechamento é muito prejudicial.
Ainda ontem, os vereadores Robert Ziemann (PSDB) e Hélio Albarello (MDB) se pronunciaram na Casa de Leis a favor dos comerciantes e relembraram que, no período eleitoral, nenhum controle foi exigido.
Robert deixou claro que é totalmente contra o fechamento dos comércios e solicitou o envio de requerimento ao prefeito e ao presidente da ASSEMA (Associação Empresarial de Maracaju), Fernandes Cristaldo, para que ambos se posicionem apoiando os comerciantes.
“Gostaria de me posicionar, deixando claro que sou totalmente contra o fechamento do comércio, uma vez que isso já aconteceu e os empresários acabaram fechando as portas e, por conta disso, muitos ainda estão até hoje passando por dificuldade, caso isso ocorra, novamente, infelizmente, teremos muitos sonhos e projetos comerciais encerrados”.
O presidente da Câmara, Hélio Albarello, destacou que as empresas não podem fechar. De acordo com ele, o comércio passou por grandes dificuldades há meses atrás, portanto, neste momento, precisam de apoio.
“Não tem como chegar no final de ano e, simplesmente, fechar o comércio. Se for assim, deveriam ter proibido a campanha política, onde haviam muitas aglomerações diárias. O comércio que tem que sobreviver e atender nossa população, diariamente, não pode ser fechado”, ainda conforme o presidente, além da campanha eleitoral, a aglomeração de pessoas nos finais das avenidas e em unidades bancárias também foram responsáveis pela disseminação do vírus.
