Pesquisa mostra que, em 2022, com a chegada da alta temporada, o setor de turismo superou o nível de atividade registrado 2020 e 2021. Com isso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta crescimento de 2,5% no setor para 2023.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, em 2022, o volume de receitas das atividades turísticas avançou 29,9% em relação a 2021, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Em Mato Grosso do Sul, segundo os empresários ligados ao setor hoteleiro e também de agências de viagens, até o fim do período de festas de fim de ano, estimava-se uma movimentação de R$ 1,2 bilhão.
O fim de ano marcou o começo de um novo horizonte para o setor, que quase se afundou nos tempos da pandemia, sofrendo com o fechamento de estabelecimentos comerciais e gerando desemprego.
A mesma pesquisa do IBGE mostra, ainda, que o setor de serviços fechou o ano com alta de 8,3%.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o prognóstico é de manutenção do avanço do faturamento ao longo do ano.
“O crescimento inédito de serviços, que compreende o segmento de turismo, consolida um cenário de recuperação depois da pandemia e aponta o potencial do setor para gerar o crescimento de que o País tanto precisa”, disse.
Especificamente em dezembro, a alta de 4,1% nos volumes de receitas do turismo foi a maior já registrada para o mês desde o início da apuração da PMS, há 11 anos.
Conforme o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, o processo de recuperação tem provocado impactos significativos também no mercado de trabalho formal.
Entre março e agosto de 2020, o turismo teve que eliminar 470 mil vagas formais, em virtude da queda abrupta da atividade, e, nos meses subsequentes, foram criadas cerca de 465 mil vagas de emprego celetista.
“A expectativa é que esse movimento anule a retração da força de trabalho ainda dentro desta alta temporada”, aponta Bentes. Para 2023, a CNC projeta um saldo entre admissões e desligamentos de 84 mil postos de trabalho no setor.