Publicado em 14/07/2017 às 15:23,

Senad aperta o cerco, mas safra de maconha continua em alta na fronteira

Redação,

As apreensões recordes de maconha no primeiro semestre deste ano em Mato Grosso do Sul são reflexos da supersafra da droga no lado paraguaio da fronteira. Mesmo com as constantes operações da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) apoiadas pelo DEA, o departamento norte-americano de combate às drogas, as lavouras de “marihuana” continuam sendo o principal sustento de famílias pobres da zona rural dos departamentos de Amambay e Canindeyú.

É dessas lavouras, algumas bem próximas de cidades sul-mato-grossenses como Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos e Bela Vista, que sai a maconha destinada a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG).

Nesta quinta-feira (13), a Senad fez uma nova incursão contra os produtores de maconha. Em dois centros de produção, 13 pessoas contratadas pelos traficantes para prensar e embalar a droga foram detidas e recolhidas pelo menos 50 toneladas da erva já preparada para transporte.

Um dos laboratórios foi encontrado em um sítio na colônia Colo’o, em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia. Os 11 trabalhadores rurais foram flagrados prensando os tabletes de maconha.

O acampamento funcionava perto da área de quatro hectares plantados com maconha, que estava em plena colheita. Além da droga prensada, havia maconha ainda em folhas, secando ao sol.

Comerciante – Com a colaboração de um dos trabalhadores flagrados no acampamento, a polícia descobriu que o financiador da produção é um comerciante de Capitán Bado, identificado como Antonio Duarte. A Senad pediu a prisão dele ao Ministério Público do Paraguai.

O outro acampamento foi localizado na zona rural de Pedro Juan Caballero. No local foram apreendidos nove toneladas de maconha prensada e 27 mil quilos da erva recém colhida.

Mario Sergio González e Elder Ramão da Silva Pereira foram presos no local por suspeita de ligação com a produção de maconha. Os policiais encontraram 19 motos no acampamento, usadas pelos trabalhadores que cultivam e embalar a droga.

Campo Grande News