Reduzida pela metade, de quatro parlamentares para dois, a bancada petista terá menos força para fazer oposição na nova legislatura, em 2019. No ano que vem, só Pedro Kemp e Cabo Almi seguem no parlamento. Questionado sobre o novo cenário, o presidente estadual do partido, Zeca do PT se resumiu a chamar a reportagem de |canalha|.
Almi foi o mais votado, com 21.121 votos. Kemp alcançou 20.969 votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Os outros dois petistas não reeleitos são: Amarildo Cruz e João Grandão. Este último teve o registro de candidatura impugnado pela Procuradoria Eleitoral por estar inelegível. Segundo o MP Eleitoral, ele foi condenado por corrupção em um escândalo que ficou conhecido como a Máfia das Sanguessugas, em 2006. O deputado recorre em instâncias superiores da Justiça.
Outros tempos
Em 2010, ainda com a força do então presidente Lula, o PT elegeu quatro parlamentares: Paulo Duarte, Cabo Almi, Laerte Tetila e Pedro Kemp. Na legislatura iniciada em 2014, Pedro Kemp, Cabo Almi, João Grandão e Amarildo Cruz foram eleitos, já na gestão presidencial de Dilma Rousseff.
Agora, pela primeira vez em 20 anos, o PT perdeu a disputa pela presidência no primeiro turno, a eleição para governador e reduziu pela metade a representação na Assembleia.
Oposição?
A bancada petista vai enfrentar a força de um parlamento mais conservador do que o anterior, com a eleição dos recordistas de votos Capitão Contar, Coronel David, ambos do PSL, além da reeleição de Herculano Borges (SD) e Lídio Lopes (PATRI).
O presidente regional do PT em MS, Zeca do PT, ficou irritado com o questionamento sobre como o partido fará oposição na Casa de Leis com menos parlamentares e com mais deputados conservadores. No entanto, chamou o site de canalha e mandou fazer a pergunta para Pedro Kemp e/ou Cabo Almi.
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