Publicado em 20/04/2017 às 15:46,
Em juízo, o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, o “Coreia”, defendeu-se da acusação de homicídio contra o empresário Adriano Correa do Nascimento, de 33 anos, dizendo que agiu em legítima defesa. “Se eu não tivesse atirado, estaria em um hospital ou morto”, afirmou o PRF.
Moon garantiu que tomou a atitude por instinto. “Não queria matar ninguém, mas a gente é treinado para viver e não para morrer”, reforçou.
Questionado pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, sobre a habilidade para manusear armas e por que o policial não atirou nos pneus da caminhonete conduzida por Adriano, apenas para pará-lo, Coreia disse que PRFs são treinados para não disparar contra veículos.
“Primeiro que não deu tempo de procurar os pneus. Mas, nós não podemos atirar em pneus, por instrução normativa, somos proibidos e atirar em pneus. Atirei nele em ação de legítima defesa, porque ele jogou uma caminhonete de não sei quantas toneladas em cima de mim, atentando contra a minha vida”, respondeu, completando que “instintividade não tem nada a ver com habilidade”.
Assalto – Na audiência, Moon detalhou o que ocorreu antes dele disparar sete vezes contra o empresário. Na versão dele, as três pessoas na caminhonete poderiam ser assaltantes.Ele relatou que Adriano saiu de uma das ruas do bairro Amambaí e virou bruscamente na frente do policial, que conduzia um Mitsubishi Pajero, na avenida Ernesto Geisel. Num segundo momento, o motorista da Toyota Hilux também teria “fechado” o PRF no trânsito, até que no cruzamento da avenida com a rua 26 de agosto parou atrás do carro de Coreia.Moon contou que Adriano estava na pista do meio e ele na da direita e, na opinião dele, não havia motivo para o motorista reduzir e parar atrás. “Achei suspeito pelo horário e pela rua estar vazia, achei estranho, pensei que fosse um assalto, pois não havia motivo para ele mudar de faixa. Desci do carro me identifiquei, mas não saquei a arma”.O policial rodoviário relata ainda que os três ocupantes da Hilux estavam exaltados e aparentemente embriagados. Ele diz ter perguntado se o trio havia bebido e recebeu como resposta a mesma pergunta.O PRF garante que se identificou verbalmente como policial, mas não mostrou a identificação porque estava com uma laterna e o celular nas mãos. Ele explica que para mostrar a credencial precisaria das duas mãos, porque o documento fica dentro da carteira. “Em nenhum momento eu disse que não ia me identificar”.Coreia afirma que só sacou a arma quando os ocupantes do veículo desceram. “Me assustei”.Os três voltaram para o carro e Adriano disse que iria embora. O policial relatou ainda que foi para a frente da Hilux para pegar o número da placa, mas que o motorista arrancou com o carro. “Ele bateu na minha perna, cheguei a cair no capo. Instintivamente, estiquei o braço e atirei, continuei atirando e vi que acertei o Adriano”.
Assalto – Na audiência, Moon detalhou o que ocorreu antes dele disparar sete vezes contra o empresário. Na versão dele, as três pessoas na caminhonete poderiam ser assaltantes.
Ele relatou que Adriano saiu de uma das ruas do bairro Amambaí e virou bruscamente na frente do policial, que conduzia um Mitsubishi Pajero, na avenida Ernesto Geisel. Num segundo momento, o motorista da Toyota Hilux também teria “fechado” o PRF no trânsito, até que no cruzamento da avenida com a rua 26 de agosto parou atrás do carro de Coreia.
Moon contou que Adriano estava na pista do meio e ele na da direita e, na opinião dele, não havia motivo para o motorista reduzir e parar atrás. “Achei suspeito pelo horário e pela rua estar vazia, achei estranho, pensei que fosse um assalto, pois não havia motivo para ele mudar de faixa. Desci do carro me identifiquei, mas não saquei a arma”.
O policial rodoviário relata ainda que os três ocupantes da Hilux estavam exaltados e aparentemente embriagados. Ele diz ter perguntado se o trio havia bebido e recebeu como resposta a mesma pergunta.
O PRF garante que se identificou verbalmente como policial, mas não mostrou a identificação porque estava com uma laterna e o celular nas mãos. Ele explica que para mostrar a credencial precisaria das duas mãos, porque o documento fica dentro da carteira. “Em nenhum momento eu disse que não ia me identificar”.
Coreia afirma que só sacou a arma quando os ocupantes do veículo desceram. “Me assustei”.
Os três voltaram para o carro e Adriano disse que iria embora. O policial relatou ainda que foi para a frente da Hilux para pegar o número da placa, mas que o motorista arrancou com o carro. “Ele bateu na minha perna, cheguei a cair no capo. Instintivamente, estiquei o braço e atirei, continuei atirando e vi que acertei o Adriano”.
Blindado? – Ricardo Moon garantiu que nunca disse que estava fardado no momento da abordagem. Ele afirma que descreveu ao delegado quais roupas vestia e que estava apenas com a calça cáqui, do uniforme da PRF.Sobre o fato de ter sido levado para um dos quartéis da PM (Polícia Militar), ele refutou a versão de que seria uma atitude de favorecimento ou corporativismo. Coreia disse acreditar que estava detido.Audiências – Na tarde de quarta-feira (12), cinco testemunhas escolhidas pela defesa de Coreia prestaram depoimento. No dia 11, um delegado, peritos e agentes de polícia científica foram chamados para esclarecer o aparecimento de dois maçaricos – objetos semelhantes da armas – no carro da vítima depois que a perícia havia sido feita.Na semana anterior, foram ouvidas as pessoas chamadas pela acusação.Acusação e defesa fazem perguntas na frente do juiz Carlos Alberto Garcete, que analisa o processo.O policial rodoviário participou das duas primeiras audiências, como ouvinte. No dia 12, ele não compareceu do Fórum.Crime – Adriano Correa do Nascimento, que conduzia a Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Atingido por tiros, ele perdeu o controle do veículo e a caminhonete bateu em um poste.Ricardo Moon foi denunciado por homicídio doloso contra o empresário e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, e o enteado dele, um adolescente de 17 anos. Coreia foi preso por duas vezes, mas está em liberdade.
Blindado? – Ricardo Moon garantiu que nunca disse que estava fardado no momento da abordagem. Ele afirma que descreveu ao delegado quais roupas vestia e que estava apenas com a calça cáqui, do uniforme da PRF.
Sobre o fato de ter sido levado para um dos quartéis da PM (Polícia Militar), ele refutou a versão de que seria uma atitude de favorecimento ou corporativismo. Coreia disse acreditar que estava detido.
Audiências – Na tarde de quarta-feira (12), cinco testemunhas escolhidas pela defesa de Coreia prestaram depoimento. No dia 11, um delegado, peritos e agentes de polícia científica foram chamados para esclarecer o aparecimento de dois maçaricos – objetos semelhantes da armas – no carro da vítima depois que a perícia havia sido feita.
Na semana anterior, foram ouvidas as pessoas chamadas pela acusação.
Acusação e defesa fazem perguntas na frente do juiz Carlos Alberto Garcete, que analisa o processo.
O policial rodoviário participou das duas primeiras audiências, como ouvinte. No dia 12, ele não compareceu do Fórum.
Crime – Adriano Correa do Nascimento, que conduzia a Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Atingido por tiros, ele perdeu o controle do veículo e a caminhonete bateu em um poste.
Ricardo Moon foi denunciado por homicídio doloso contra o empresário e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, e o enteado dele, um adolescente de 17 anos. Coreia foi preso por duas vezes, mas está em liberdade.
Campo Grande News