Buscar

Rota do PCC carregava 5 toneladas de cocaína em 20 voos por mês

A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai acredita ter desmontado, com a operação feita segunda-feira e ontem (30) na fronteira com Mato Grosso do Sul, a principal rota área operada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para trazer cocaína da Bolívia e enviar ao Brasil e a países europeus.

Apoiada pelas Forças Armadas do Paraguai, por agentes antidrogas dos Estados Unidos e pela Polícia Federal brasileira, a Senad fez buscas em oito locais de Pedro Juan Caballero e Bella Vista Norte, as duas cidades vizinhas de Mato Grosso do Sul.

Dois narcopilotos foram presos – o brasileiro Paulo Vicente Freitas Tavares e o paraguaio Carlos Antonio Mendieta Ortiz. Um avião monomotor usado para transporte de droga foi apreendido no aeroporto de Pedro Juan e na zona rural de Bella Vista Norte a força-tarefa encontrou 513 quilos de cocaína em uma pista clandestina.

De acordo com a Senad, o esquema operado pela facção criminosa brasileira fazia pelo menos 20 voos mensais para transportar a cocaína boliviana e tinha capacidade de trazer até cinco toneladas da droga, enviada ao Brasil e a países da Europa.

“Esse braço do PCC movimentava pelo menos 3,5 milhões de dólares por semana em drogas”, afirmou um agente da Senad.

O avião com matrícula paraguaia, prefixo ZP-BCU, tinha descarregado a cocaína na pista clandestina e depois foi para o aeroporto de Pedro Juan, onde os dois pilotos foram presos.

Barão da droga – Além do PCC, apontado pelo Paraguai como a principal organização criminosa em atuação no país vizinho, as investigações apoiadas pelos Estados Unidos chegaram também ao brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, sócio da facção criminosa e que atualmente cumpre pena por lavagem de dinheiro em Assunção.

As equipes da Senad estiveram em uma das fazendas de Pavão, a “Quatro Filhos”, localizada em Yby Yaú, no departamento de Concepción, onde o brasileiro tinha sido preso, em 2008. A Senad não informou se foi feita apreensão na propriedade.

Os policiais estiveram também na mecânica Moto Repuestos Paso Hú, pertencente ao paraguaio Milciades Torres, suspeito de fazer parte da organização criminosa.

Campo Grande News