Uma máquina que, com um tubo metálico e um jato de água, abre espaço subterrâneo para a instalação de cabos de fibra ótica chama a atenção pelas ruas de Campo Grande. A tecnologia causa danos mínimos às calçadas e ao asfalto e, além disso, a própria equipe faz os reparos assim que a perfuração é terminada.
De acordo com funcionários, a Seteh Engenharia Ltda., de Goiânia (GO), está há dois meses na Capital e tem contrato com o Governo Federal para a instalação de cerca de 20 km de fiação. O mistério é o motivo do projeto.
Um dos integrantes da equipe que trabalhava no cruzamento das rua da Paz e Alagoas, nesta segunda-feira (6), explica que o cabeamento já passou por ruas do Centro e pela avenida Afonso Pena. “A gente deve terminar até o fim deste mês ou começo do mês que vem”, diz o operário, que pediu para não ser identificado.
O membro da equipe de trabalho afirma não saber ao certo para o que vai servir o cabeamento, mas tem informações de que seria para a instalação de uma central de telecomunicações na Base Aérea de Campo Grande, onde a equipe esteve também nesta segunda-feira. Os cabos vão passar por vários pontos da cidade. “Acho que a gente vai trabalhar até perto do estádio Morenão”.
Ele revela que, além da tubulação para a passagem da fibra ótica, a tecnologia pode ser usada também para abrir espaço à fiação da iluminação pública ou semáforos.
O equipamento é capaz de perfurar até 120 metros de solo por vez e a equipe usa uma sonda para evitar que o aparelho cause danos em outra tubulações, como as ligações de abastecimento de água e esgoto.
O funcionário conta ainda que a forma como a máquina perfura o solo chama a atenção e sempre há curiosos perguntando que tipo de serviço a equipe está fazendo. Em determinadas ruas da Capital o trabalho é feito à noite por conta do trânsito.
Oficial - A reportagem entrou em contato com a Seteh Engenharia para confirmar as informações que foram dadas por funcionários e falar com o responsável pelo projeto. Mas, a empresa informou que só poderia dar detalhes amanhã (7) e que ainda precisava avaliar se os dados sobre o trabalho na Capital não seriam sigilosos a pedido do contratante.
A empresa tem matriz em Goiânia, mas atua em outros dez Estados. Conforme consta no site, ela tem contratos com o governo federal e empresas de telefonia.
A reportagem também contatou a assessoria de imprensa da Base Aérea de Campo Grande e do CMO (Comando Militar do Oeste) para confirmar se realmente as Forças Armadas teriam contratado a empresa e se o motivo seria a instalação da central de comunicação.
Campo Grande News