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Presos serão examinados e ‘cobaias’ de remédio para prevenir tuberculose

Uma parceria entre universidades federais de Mato Grosso do Sul, dos Estados Unidos e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) viabilizou uma pesquisa inédita no mundo que promete encontrar conjunto de medidas para reduzir em até 66% a transmissão da tuberculose. No Estado, 5 mil presos serão examinados e parte da população carcerária será tratada com medicamento que está sendo testada e que seria capaz prevenir a doença.

Na manhã desta sexta-feira (26), no auditório da Governadoria, na abertura do Seminário de Pesquisa em Tuberculose em Pessoas Privadas de Liberdade, a equipe anunciou o início do estudo.

A pesquisa é comandada pelo Instituto Nacional de Saúde Pública dos Estados Unidos, que investirá o equivalente a R$ 2,2 milhões, e pela Universidade de Stanford. Sete pesquisadores dos Estados Unidos e da Inglaterra conduzirão o estudo em parceria com cinco cientistas locais – da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Os testes serão feitos dentro de uma carreta que estacionará em frente ao Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança pública de Campo Grande – que hoje tem 2.240 internos –, e da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), que abriga 2,5 mil internos atualmente.

O caminhão foi doado pela Receita Federal e o Governo de Mato Grosso do Sul investiu R$ 137 mil na preparação do baú que barra a radiação emitida por um aparelho de raio-x. Para equipar a carreta foram investidos no total R$ 700 mil.

Mais detalhes – De acordo com o médico infectologista Julio Croda, que representa a UFGD e a Fiocruz, os testes para diagnosticar a tuberculoses serão feitos durante quatro anos – 20 mil exames no total, sendo 64 por dia. O quinto ano da pesquisa será de análise dos dados. “É um estudo inédito no mundo”, destacou.Em paralelo, presos que estiverem ingressando nas penitenciárias serão usados nos testes do medicamento que evita a doença. “É uma droga nova e a barata. Estamos na faze de ensaio clínico para comprovar a eficácia deste medicamento”.Conforme o Ministério da Saúde, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos de tuberculose no Brasil e ocorrem 4,5 mil mortes.O pesquisador afirma que 20% destes casos são de pessoas que adquiriram a doença dentro de presídios ou porque conviveram com internos e servidores do sistema carcerário.O Brasil foi escolhido para o laboratório porque tem é o quarto país mais populoso do mundo e o maior da America Latina. “Além disso, a incidência de tuberculose na população carcerária aqui é 30 vezes maior que na população não carcerária, fora que a cada ano há um grande aumento no número de presos no país”, explicou Jason Andrews, o pesquisador responsável pelo estudo, da Universidade de Stanford.Seminário – O debate sobre políticas públicas em saúde para o tratamento da tuberculose na população privada de liberdade será tema do seminário que acontece nos dias 26, 27 e 28 de maio em Campo Grande. Durante os três dias pesquisadores nacionais, internacionais, gestores estaduais e municipais apresentarão propostas e debaterão projetos direcionados para a erradicação da tuberculose na população privada de liberdade.O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou da abertura do evento.

Mais detalhes – De acordo com o médico infectologista Julio Croda, que representa a UFGD e a Fiocruz, os testes para diagnosticar a tuberculoses serão feitos durante quatro anos – 20 mil exames no total, sendo 64 por dia. O quinto ano da pesquisa será de análise dos dados. “É um estudo inédito no mundo”, destacou.

Em paralelo, presos que estiverem ingressando nas penitenciárias serão usados nos testes do medicamento que evita a doença. “É uma droga nova e a barata. Estamos na faze de ensaio clínico para comprovar a eficácia deste medicamento”.

Conforme o Ministério da Saúde, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos de tuberculose no Brasil e ocorrem 4,5 mil mortes.

O pesquisador afirma que 20% destes casos são de pessoas que adquiriram a doença dentro de presídios ou porque conviveram com internos e servidores do sistema carcerário.

O Brasil foi escolhido para o laboratório porque tem é o quarto país mais populoso do mundo e o maior da America Latina. “Além disso, a incidência de tuberculose na população carcerária aqui é 30 vezes maior que na população não carcerária, fora que a cada ano há um grande aumento no número de presos no país”, explicou Jason Andrews, o pesquisador responsável pelo estudo, da Universidade de Stanford.

Seminário – O debate sobre políticas públicas em saúde para o tratamento da tuberculose na população privada de liberdade será tema do seminário que acontece nos dias 26, 27 e 28 de maio em Campo Grande. Durante os três dias pesquisadores nacionais, internacionais, gestores estaduais e municipais apresentarão propostas e debaterão projetos direcionados para a erradicação da tuberculose na população privada de liberdade.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) participou da abertura do evento.

Campo Grande News