Uma mulher que se passava por advogada para aliciar indígenas e aplicar golpes na Previdência Social é alvo da da Operação Raposa Kaiowá, desencadeada pela Polícia Federal nesta manhã (14), em Ponta Porã - distante 323 km de Campo Grande.
Ela, que não teve o nome divulgado, é investigada por pelo menos três fraudes que deram prejuízo de R$ 600 mil aos cofres federais. A polícia identificou que ela se apresentava como advogada aos indígenas para conseguir benefícios de aposentadoria por idade rural.
Também foram identificadas inúmeras fraudes em empréstimos consignados, tendo indígenas da etnia Kaiowá como vítimas preferenciais. Durante a ação são cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Ponta Porã.
A Operação está sendo realizada pela Delegacia da PF de Ponta Porã, em conjunto com a Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda e com o MPF (Ministério Público Federal).
De acordo com a PF, a Operação foi denominada “Raposa Kaiowá”, em alusão à característica traiçoeira e oportunista das raposas na captura de suas vítimas, que se assemelha à astúcia utilizada pela falsa advogada no trato com indígenas. As investigações evidenciaram que a estelionatária se apresentava como advogada especializada na promoção dos direitos indígenas para conquistar a confiança dos indígenas para manipulá-los e explorá-los financeiramente.
Além disso, o nome da operação remete à Operação Coiote Kaiowá, deflagrada pela PF em 2015, no município de Amambai, e que tinha como alvo esquema de fraudes previdenciárias de natureza similar.
Campo Grande News