O MPE (Ministério Público Estadual) quer investigação policial, depoimentos de três peritos e dois delegados como testemunhas, e novo laudo pericial da caminhonete Toyota Hilux do comerciante Adriano Correia do Nascimento, morto por policial rodoviário federal após briga de trânsito.
As ações foram solicitadas à 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande após peritos encontrarem novos objetos no veículo: dois maçaricos (flambadores de sushi com formato que lembra revólver) e duas garrafas de bebida alcoólica.
A promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani quer a intimação como testemunha dos peritos Domingos Sávio Ribas, Karina Rebulla Lairtart e Valdinei Ferreira Nunes, além dos delegados Elisson Ferreira Xavier e Enilton Pires Zalla.
A promotoria também pede juntada de vídeos que mostram que não havia maçaricos, elaboração de novo laudo pericial informando, expressamente, “que não existia nenhum flambador no interior da camionete, e que os objetos estranhos” descritos na investigação da Coordenadoria Geral de Perícias foram colocados por terceiros.O Ministério Público também pede abertura de inquérito policial para apurar o aparecimento dos objetos e apuração da autoria e identificação de eventuais responsáveis, ainda que indiretos, pelos supostos fatos. A assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) informa que não haverá pronunciamento sobre o pedido. A reportagem também fez contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil.Estranho - O veículo foi apreendido desde o dia do crime, 31 de dezembro de 2016, e estava no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, na avenida Senador Filinto Muller, Vila Ipiranga. Após ser alvo de duas perícias, em 31 de dezembro e 2 de janeiro, foram encontrados os novos objetos.No procedimento administrativo, aberto pela coordenadoria, concluiu-se que as garrafas já estavam no veículo. Mas após a segunda perícia, foram acondicionadas em um saco de lixo junto com outros objetos. O invólucro foi colocado na carroceria.No entanto, no dia 9 de janeiro, as garrafas voltaram a aparecer dentro da caminhonete. O veículo estava coberto com lona desde 4 de janeiro, quando foram encontrados os dois maçaricos no assoalho em frente ao banco do passageiro.A perita, responsável pelas duas vistorias, relatou que voltou a verificar a caminhonete após um colega questionar trajetória de projéteis. As fotos da perícia foram repassadas em um grupo de WhatsApp dos profissionais.Para a promotora, causa estranheza a divulgação de imagens no aplicativo, pois o Código de Ética profissional aponta que é proibido ao perito “quebrar sigilo profissional, divulgando ou propiciando, de qualquer modo a divulgação, no todo ou em parte, de assuntos relativos aos trabalhos periciais, seus ou de seus colegas”.Segundo a Sejusp, a caminhonete do comerciante foi levada para o Fórum de Campo Grande. Para melhoria da segurança, foi aberto um processo para instalação de câmeras no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, onde ficam os veículos apreendidos.Caso - O comerciante, que conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.Ricardo Moon foi denunciado por homicídio doloso contra Adriano e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos, passageiros da caminhonete. Ele foi preso por duas vezes, mas está em liberdade. Para a defesa do policial, os maçaricos sempre estiveram no veículo e foram ignorados pela perícia.
A promotoria também pede juntada de vídeos que mostram que não havia maçaricos, elaboração de novo laudo pericial informando, expressamente, “que não existia nenhum flambador no interior da camionete, e que os objetos estranhos” descritos na investigação da Coordenadoria Geral de Perícias foram colocados por terceiros.
O Ministério Público também pede abertura de inquérito policial para apurar o aparecimento dos objetos e apuração da autoria e identificação de eventuais responsáveis, ainda que indiretos, pelos supostos fatos. A assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) informa que não haverá pronunciamento sobre o pedido. A reportagem também fez contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Estranho - O veículo foi apreendido desde o dia do crime, 31 de dezembro de 2016, e estava no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, na avenida Senador Filinto Muller, Vila Ipiranga. Após ser alvo de duas perícias, em 31 de dezembro e 2 de janeiro, foram encontrados os novos objetos.
No procedimento administrativo, aberto pela coordenadoria, concluiu-se que as garrafas já estavam no veículo. Mas após a segunda perícia, foram acondicionadas em um saco de lixo junto com outros objetos. O invólucro foi colocado na carroceria.
No entanto, no dia 9 de janeiro, as garrafas voltaram a aparecer dentro da caminhonete. O veículo estava coberto com lona desde 4 de janeiro, quando foram encontrados os dois maçaricos no assoalho em frente ao banco do passageiro.
A perita, responsável pelas duas vistorias, relatou que voltou a verificar a caminhonete após um colega questionar trajetória de projéteis. As fotos da perícia foram repassadas em um grupo de WhatsApp dos profissionais.
Para a promotora, causa estranheza a divulgação de imagens no aplicativo, pois o Código de Ética profissional aponta que é proibido ao perito “quebrar sigilo profissional, divulgando ou propiciando, de qualquer modo a divulgação, no todo ou em parte, de assuntos relativos aos trabalhos periciais, seus ou de seus colegas”.
Segundo a Sejusp, a caminhonete do comerciante foi levada para o Fórum de Campo Grande. Para melhoria da segurança, foi aberto um processo para instalação de câmeras no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, onde ficam os veículos apreendidos.
Caso - O comerciante, que conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.
Ricardo Moon foi denunciado por homicídio doloso contra Adriano e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos, passageiros da caminhonete. Ele foi preso por duas vezes, mas está em liberdade. Para a defesa do policial, os maçaricos sempre estiveram no veículo e foram ignorados pela perícia.
Campo Grande News