Publicado em 30/03/2017 às 08:42,
Mato Grosso do Sul está cercado de casos de febre amarela, mas desde que a doença ressurgiu no Brasil no início ano, o Estado é o único do Centro-Oeste que não tem notificações. Apesar do dado positivo, a corrida aos postos de saúde foi inevitável.
Nos dois primeiros meses deste ano, 29.010 pessoas foram vacinadas contra a doença, o triplo do número de vacinados em janeiro e fevereiro do ano passado – 9.480 pessoas.
Além do medo da doença ter feito crescer a procura pela vacina, principalmente por quem havia se imunizado há mais de dez anos, a campanha de vacinação iniciada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) na área rural de Campo Grande contribuiu para o aumento da quantidade de vacinados.
A Sesau começou no dia 30 de janeiro e a meta era visitar 2,5 mil residências de fora do perímetro urbano e vacina ao menos 10 mil pessoas em um mês. Até o dia 14 de fevereiro, uma a cada quatro pessoas visitadas precisaram de imunização. O trabalho continua, conforme assessoria de imprensa da secretaria.
Karine Barbosa, do Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde) da SES (Secretaria de Estado de Saúde), explica que embora o pânico da febre amarela tenha feito a população correr para os postos de saúde, nem todo mundo precisa se vacinar.
“Se a pessoa já tem uma dose, só precisa fazer o reforço depois de dez anos, isso porque o Ministério da Saúde preconiza duas vacinas ao longo da vida. A OMS [Organização Mundial da Saúde] considera a pessoa imunizada com uma dose”.
Neste início de ano, após a divulgação de surto da doença em outros Estados, muitas pessoas que não sabiam e não tinham registros de quando tomaram a vacina contra a febre amarela acabaram recebendo a dose. Outra parcela de pessoas que foram imunizadas são as que precisaram viajar para local onde o comprovante da vacina é obrigatório.
Rede privada – Nas clínicas particulares de vacinação também houve procura, principalmente por quem precisava do comprovante de imunização para viajar. Mas, a maior parte das pessoas liga apenas para tirar dúvidas, segundo a enfermeira responsável pela Vaccine Care, Nataly Corrêa de Moraes.Ela explica ainda que o ideal é que crianças sejam imunizada aos 9 meses e depois aos 4 anos. Na rede privada, a dose contra a febre amarela custa de R$ 170 a R$ 200.Sem casos – Karine explica ainda que como Mato Grosso do Sul fica em área considerada de risco para a doença, a vacina está inclusa no calendário obrigatório e, portanto, a maior parte da população já está protegida.
Rede privada – Nas clínicas particulares de vacinação também houve procura, principalmente por quem precisava do comprovante de imunização para viajar. Mas, a maior parte das pessoas liga apenas para tirar dúvidas, segundo a enfermeira responsável pela Vaccine Care, Nataly Corrêa de Moraes.
Ela explica ainda que o ideal é que crianças sejam imunizada aos 9 meses e depois aos 4 anos. Na rede privada, a dose contra a febre amarela custa de R$ 170 a R$ 200.
Sem casos – Karine explica ainda que como Mato Grosso do Sul fica em área considerada de risco para a doença, a vacina está inclusa no calendário obrigatório e, portanto, a maior parte da população já está protegida.
“Isso explica não termos casos autóctones (moradores do Estado que contraíram a febre amarela aqui). Quando tivemos um caso em 2015, foi de uma pessoa que veio de Santa Catarina, sem vacina, e contraiu a doença em Bonito. Não há, de forma alguma, motivo para pânico”, esclareceu.Descartado – Um caminhoneiro de 39 anos que passou por Mato Grosso do Sul e depois apresentou sintomas de febre amarela em Blumenau (SC), cidade onde mora, não teve a doença.O caso estava sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica do município catarinense, e no início de fevereiro, exames laboratoriais descartaram contaminação pelo vírus causador da febre amarela, havendo a confirmação de que na verdade ele teve leptospirose.O Ministério da Saúde chegou a colocar Mato Grosso do Sul na lista de unidades da federação com notificações, mas depois tirou o Estado, antes dos resultados dos exames feitos no paciente ficarem prontos.Surto – Conforme o boletim do Ministério da Saúde, no Brasil, há 1.101 casos de febre amarela em investigação e 492 confirmados. Dos 277 óbitos notificados, 162 foram confirmados, 95 ainda são investigados e 20 foram descartados.
“Isso explica não termos casos autóctones (moradores do Estado que contraíram a febre amarela aqui). Quando tivemos um caso em 2015, foi de uma pessoa que veio de Santa Catarina, sem vacina, e contraiu a doença em Bonito. Não há, de forma alguma, motivo para pânico”, esclareceu.
Descartado – Um caminhoneiro de 39 anos que passou por Mato Grosso do Sul e depois apresentou sintomas de febre amarela em Blumenau (SC), cidade onde mora, não teve a doença.
O caso estava sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica do município catarinense, e no início de fevereiro, exames laboratoriais descartaram contaminação pelo vírus causador da febre amarela, havendo a confirmação de que na verdade ele teve leptospirose.
O Ministério da Saúde chegou a colocar Mato Grosso do Sul na lista de unidades da federação com notificações, mas depois tirou o Estado, antes dos resultados dos exames feitos no paciente ficarem prontos.
Surto – Conforme o boletim do Ministério da Saúde, no Brasil, há 1.101 casos de febre amarela em investigação e 492 confirmados. Dos 277 óbitos notificados, 162 foram confirmados, 95 ainda são investigados e 20 foram descartados.
Campo Grande News