A nova onda da política brasileira, que gira em torno, entre outros termos, da palavra “renovação”, atinge legendas tradicionais e agora o MDB, que já tirou o “P” do nome, articula o deputado estadual Renato Câmara para presidir a legenda no estado.
A mudança, que já recebeu aval do ex-governador e ex-presidente estadual do partido André Puccinelli, acompanha a mesma tendência a nível nacional. No Senado, a ala “renovadora” do MDB tentou colocar Simone Tebet na presidência, sem sucesso.
Ainda assim, o antigo cacique Renan Calheiros não conseguiu se eleger, dando lugar ao então inexpressivo Davi Alcolumbre (DEM). A senadora sul-mato-grossense também está por trás da indicação de Renato Câmara, liderança jovem do partido da região de Ivinhema e Dourados.
Quem anunciou o nome do parlamentar foi o deputado Eduardo Rocha (MDB). Segundo o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Renato já mostrou interesse pelo cargo. “Está cheio de vontade, é um político novo e pode oxigenar a legenda”, comentou.
“Ele gostou da ideia”, disse, sobre a opinião de André Puccinelli. O ex-governador esteve à frente da presidência estadual do MDB até julho de 2018, quando foi preso durante a operação Papiros de Lama, a quinta fase da Lama Asfáltica. Puccinelli foi solto no dia 19 de dezembro.
A indicação, ainda assim, “não foi sacramentada”. O nome será definido após o carnaval, quando a legenda se reúne. Até que a decisão seja tomada, continua na presidência, de forma interina, Waldemir Moka.
Engenheiro agrônomo, Renato Câmara presidiu o Diretório Municipal do MDB em Ivinhema de 2002 a 2005. Foi eleito prefeito de Ivinhema em 2005, onde ficou por dois mandatos. Chegou na Assembleia em 2014 e foi reeleito como deputado estadual no último ano. Em 2016 o político também presidiu o MDB em Dourados, cidade onde tentou candidatura como prefeito, sem sucesso.
Campo Grande News