O município de Maracaju está entre as dez cidades do país com mais casos de ferrugem asiática, doença apontada como a mais grave que atinge as lavouras de soja no momento.
O levantamento é referente à safra 2016/2017 e o top 10 nacional é liderado por outra cidade do estado, no município de Chapadão do Sul, já foram confirmados 36 focos nas lavouras da cidade, o que representa 57,14%, dos 63 registros em Mato Grosso do Sul nesta temporada.
Além de Chapadão do Sul, que pela segunda safra consecutiva contabiliza o maior número de casos de ferrugem no país, outras duas cidades de Mato Grosso do Sul estão entre as 10 de maior incidência, conforme dados do Consórcio, sendo Dourados e Maracaju, que dividem a oitava e nona posição da listagem, com 6 casos cada uma.
Entre os 13 estados que já registraram focos da ferrugem neste ciclo, Mato Grosso do Sul é o terceiro em número de casos. Apenas o Paraná, com 87 registros e o Rio Grande do Sul, com 65 confirmações têm uma incidência maior, de acordo com o Consórcio.
No mapa da dispersão da doença em Mato Grosso do Sul, além de Chapadão do Sul, Maracaju e Dourados, outras 10 cidades tiveram casos confirmados: Amambai (1), Aral Moreira (2), Caarapó (1), Cassilândia (1), Costa Rica (2), Laguna Carapã (1), Naviraí (1), Nova Alvorada do Sul (1), São Gabriel do Oeste (4) e Sidrolândia (1).
Safra passada - Na safra 2015/2016, Mato Grosso do Sul registrou 70 focos de ferrugem asiática, 268% a mais do que no ciclo anterior, 2014/2015, que foi de 19 casos. Também foi a maior incidência das últimas seis temporadas, até então. O último surto havia ocorrido na temporada 2009/2010, quando os agricultores sul-mato-grossenses contabilizaram 333 ocorrências da doença.
O que é a ferrugem asiática - De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.
Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
Rallph Barbosa – Noticidade