Publicado em 11/05/2017 às 16:23,
O Governo de Mato Grosso do Sul não vai romper contratos, nem cortar incentivos até o fim da investigação referente à Lama Asfáltica, afirma o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Nesta quinta-feira (11), a PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram a quarta fase da Operação Lama Asfáltica que, desta vez, apontou prejuízos de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
“Os investigados prestam depoimento, mas é no fim que saberemos sobre o desvio e condutas ilegais. Seria muito prematuro para nós se fizéssemos rompimento de contrato ou retirar incentivos fiscais”, afirmou.
Reinaldo reafirmou que a operação está requisitando documentos da gestão anterior, antes de 2014. Hoje, agentes da PF fizeram buscas nas secretárias estaduais de Educação e Fazenda, nesta última os servidores foram impedidos de entrar.
“Algo normal, que a investigação se aprofunde. A gente já vem acompanhando até porque muitas destas empresas já haviam sido citadas em etapas anteriores. O que o Estado espera é que o que foi desviado retorne aos cofres públicos”.
Um dos alvos da ação de hoje foi a H2L Soluções, que tem contratos com o governo. O proprietário Rodolfo Hosbalck foi detido porque a polícia encontrou munições em sua casa. A Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Eldorado Brasil em Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, como parte da operação.
Foram presos André Cance, ex-secretário-adjunto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), o dono da gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior; e o ex-coordenador de licitações da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Mauro Cavalli.
“Nós temos tranquilidade em relação aos contratos depois de 2015. Eles foram firmados por meio de licitações com muita transparência”.
Campo Grande News