Um homem de 27 anos não pensou duas vezes ao sofrer uma tentativa de assalto na noite deste domingo (18), no Jardim Noroeste (zona leste de Campo Grande). A vítima reagiu à abordagem no momento em que deixava sua casa para ir a uma igreja na região, tentou fugir em alta velocidade e trocou socos com o ladrão. Tudo pensando em tirar a mulher, que está grávida, de risco.
De acordo com o relato da ocorrência feito na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, o crime ocorreu por volta das 19h. A vítima deixava sua residência dentro de sua caminhonete Ford Courier, de cor não revelada, quando notou a aproximação do acusado em uma moto, já gritando que ele havia “perdido.”
Sem se intimidar, o homem decidiu arrancar com o veículo. Atropelou o suposto ladrão e arrancou, mas quando se deu conta, notou que o tal homem havia pulado na caçamba de seu veículo.
Em seu depoimento, a vítima disse que foram cerca de cinco minutos de pânico. Primeiro, o acusado bateu constantemente com o capacete no capô, exigindo que ele parasse. Depois, com o carro parado, ambos começaram a brigar e trocar socos. “Você é um homem morto”, teria ameaçado o ladrão.
Quando a Polícia Militar chegou, o suspeito, de 31 anos, foi localizado e identificado. Alegou que perseguiu o condutor por um motivo simples: havia sido atropelado e queria tirar satisfações.
A polícia vai investigar o caso. Afinal a vítima alega que tudo não passa de desculpa. Disse que tão logo acionou a PM, o acusado ligou para supostos comparsas dizendo para buscarem sua moto e uma provável mochila que deixara na frente da casa do condutor ao pular na caminhonete.
Ainda na delegacia, o condutor mostrou-se bastante assustado com o ocorrido e disse que se mudaria com medo que as ameaças que recebeu “fossem cumpridas”. Ao que tudo indica, a promessa foi cumprida. O Campo Grande News esteve na residência nesta manhã e não havia ninguém no imóvel.
Vizinhos evitaram falar sobre o assunto. Disseram que têm pouco contato com o casal, que seria muito reservado e de pouca conversa. Completaram ainda que não escutaram nada suspeito ou diferente do normal, pois não haviam vizinhos na rua.
Campo Grande News