Publicado em 13/04/2017 às 10:46,
Com 12 dias de vida, o pequeno Yago só enxergou e descobriu os primeiros sabores do mundo há cerca de uma semana. Internado na UTI Neonatal da Santa Casa desde que nasceu, o bebê que, por dois meses resistiu dentro do corpo da mãe com morte cerebral, ainda não sabe como é o conforto de um ‘colinho’, que agrada tanto a maioria dos recém-nascidos. Mas, abriu os olhos e já é alimentado com leite materno.
Segundo o hospital, Yago ainda não ganhou o colo do pai, que o visita todos os dias, por conta de uma recomendação médica, chamada ‘precaução de contato’ – normal em casos de prematuros. Por enquanto, o pai só pode tocá-lo por meio de uma abertura na incubadora. Carinho diário que parece estar fazendo a diferença na recuperação do bebê. Nos últimos dias, Yago cresceu, ganhou 1,8 centímetros. No entanto, perdeu peso, está com 80 gramas a menos que no dia do nascimento, o que é natural em casos de recém-nascidos prematuros, conforme a equipe médica.Foram cortados os antibióticos e a fototerapia - método terapêutico baseado em banhos de luz. A única medicação ainda recomendada ao pequeno, segundo o hospital, é para o coração, já que ele teve algumas complicações quando nasceu.Ainda de acordo com o hospital, em poucos dias, os médicos pretendem inserir no tratamento de Yago o método conhecido como ‘Canguru’ – quando o bebê prematuro é colocado em contato pele a pele com a mãe, o que também deve ajudar na recuperação. Como Renata se foi, a missão caberá ao pai de Yago.Ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que quem cuida do bebê todos os dias diz que ele é bastante agitado, chora quando quer algo e tem duas características peculiares, pés e mãos cumpridos e bastante cabelo.Luta pela vida – O caso de Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo e Portugal, onde houve situação similar. Com a morte encefálica da mãe, Renata Souza Sodré, 22 anos, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco.“É muito difícil um caso como esse porque além do risco de morte, tem o risco de infecção. Tudo compromete a viabilidade do nascimento dessa criança”, afirmou a médica Patrícia Berg Leal, responsável pela UTI (Unidade de Terapia de Intensiva), em entrevista ao Campo Grande News no dia 2 deste mês.Após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 27 de janeiro, Renata teve a morte cerebral constatada por dois exames clínicos mais exame de imagem. Os exames também apontaram que o feto vivia e entrava na 17ª semana.Com o caso explicado à família e acompanhado pela Comissão de Ética do hospital, começou a administração diária de medicamentos, pois, com a morte cerebral, o corpo para de produzir hormônios.Contra o risco de infeção, o trabalho envolvia todos os setores da UTI, da limpeza ao corpo clínico. A médica contou que a paciente recebia a mesma atenção das demais pessoas internadas na terapia intensiva, que, por atender os casos graves, tem regras rígidas de funcionamento.A gestação deveria ser mantida, pelo menos, até a 28ª semana (sete meses). Segundo a médica, não havia como prever sequelas. A gravidez era monitorada por exames e ultrassons todos os dias.
Segundo o hospital, Yago ainda não ganhou o colo do pai, que o visita todos os dias, por conta de uma recomendação médica, chamada ‘precaução de contato’ – normal em casos de prematuros. Por enquanto, o pai só pode tocá-lo por meio de uma abertura na incubadora. Carinho diário que parece estar fazendo a diferença na recuperação do bebê.
Nos últimos dias, Yago cresceu, ganhou 1,8 centímetros. No entanto, perdeu peso, está com 80 gramas a menos que no dia do nascimento, o que é natural em casos de recém-nascidos prematuros, conforme a equipe médica.
Foram cortados os antibióticos e a fototerapia - método terapêutico baseado em banhos de luz. A única medicação ainda recomendada ao pequeno, segundo o hospital, é para o coração, já que ele teve algumas complicações quando nasceu.
Ainda de acordo com o hospital, em poucos dias, os médicos pretendem inserir no tratamento de Yago o método conhecido como ‘Canguru’ – quando o bebê prematuro é colocado em contato pele a pele com a mãe, o que também deve ajudar na recuperação. Como Renata se foi, a missão caberá ao pai de Yago.
Ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que quem cuida do bebê todos os dias diz que ele é bastante agitado, chora quando quer algo e tem duas características peculiares, pés e mãos cumpridos e bastante cabelo.
Luta pela vida – O caso de Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo e Portugal, onde houve situação similar. Com a morte encefálica da mãe, Renata Souza Sodré, 22 anos, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco.
“É muito difícil um caso como esse porque além do risco de morte, tem o risco de infecção. Tudo compromete a viabilidade do nascimento dessa criança”, afirmou a médica Patrícia Berg Leal, responsável pela UTI (Unidade de Terapia de Intensiva), em entrevista ao Campo Grande News no dia 2 deste mês.
Após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 27 de janeiro, Renata teve a morte cerebral constatada por dois exames clínicos mais exame de imagem. Os exames também apontaram que o feto vivia e entrava na 17ª semana.
Com o caso explicado à família e acompanhado pela Comissão de Ética do hospital, começou a administração diária de medicamentos, pois, com a morte cerebral, o corpo para de produzir hormônios.
Contra o risco de infeção, o trabalho envolvia todos os setores da UTI, da limpeza ao corpo clínico. A médica contou que a paciente recebia a mesma atenção das demais pessoas internadas na terapia intensiva, que, por atender os casos graves, tem regras rígidas de funcionamento.
A gestação deveria ser mantida, pelo menos, até a 28ª semana (sete meses). Segundo a médica, não havia como prever sequelas. A gravidez era monitorada por exames e ultrassons todos os dias.
Campo Grande News