Publicado em 16/03/2017 às 07:21,
O tenente Cezar Alexandre Piccoli, ex-comandante da Base Operacional da Polícia Militar Rodoviária do distrito de Vista Alegre, em Maracaju, foi absolvido da acusação de posse de drogas pela Justiça Militar Estadual.
O ex-comandante foi preso em agosto de 2016, pelo armazenamento de 2,4 quilos de maconha em um armário da base policial, na época dos fatos, colegas de Piccoli afirmaram que a denúncia poderia tratar-se de perseguição, já a defesa do policial, alegou negligência no armazenamento de uma apreensão.
O julgamento ocorreu em 23 de fevereiro, mas só foi publicado no Diário do TJ MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), nesta semana.
Consta na sentença que o MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) denunciou o militar por infração ao artigo 290, do Código Penal Militar, que em suma, refere-se a posse de drogas sem determinação legal.
Em interrogatório, o oficial negou a prática do delito e alegou que não sabia que e droga estava no depósito da unidade da PM. Durante o julgamento, o policial que fez a denúncia disse que a porção encontrada no depósito havia sido entregue voluntariamente por moradores da cidade, no dia anterior à apreensão.
“Desse modo, não parece crível o denunciante imputara o acusado a autoria do crime em tela apenas pelo fato de ele ser comandante da unidade” (…) Infere-se, portanto, que, além de restar comprovado não haver prática dolosa do armazenamento da substância entorpecente no depósito da base operacional, visto que o acusado negou ter conhecimento da demasiada quantidade armazenada, restou provado que a entrada no depósito não era exclusiva do acusado, ao passo que os comandantes de guarnição também entravam e detinham uma chave do local, de modo que este Escabinato entende que a conduta praticada pelo denunciado não constitui infração penal, impondo-se a sua absolvição nos termos da alínea “b”, do art. 439, do Código de Processo Penal Militar”, diz a sentença assinada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva.
Casinha - Na data da prisão, extraoficialmente, policiais que trabalham ou já trabalharam com o tenente, denunciaram que o oficial poderia ter sido vítima de uma casinha, ou seja, flagrante armado. Piccoli era apontado como um oficial austero e a pouca quantia de maconha encontrada faz os colegas duvidarem do envolvimento dele com tráfico de drogas.
O militar chegou a ficar quase dois meses preso. Durante audiência de custódia, o juiz afirmou que a prisão era necessária “em razão da garantia da ordem pública, e, ainda, em decorrência dos princípios da hierarquia e disciplina”. A Justiça acatou o pedido de relaxamento da prisão no começo de outubro de 2016. (Com informações do Midiamax)
Rallph Barbosa – Noticidade