Publicado em 08/10/2019 às 16:52,
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), defendeu nesta terça-feira (8), em Brasília, a criação de força-tarefa para combater o crime organizado. O chefe do Executivo Estadual destacou a necessidade de descontigenciar R$ 650 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública e também a criação de núcleos de inteligência nos estados localizados em regiões de fronteira com Paraguai e Bolívia.
Reinaldo disse que os resultados positivos surtirão somente com a união dos gestores estaduais. “Nós não vamos vencer esta guerra nos morros do Rio de Janeiro se não começarmos essa blindagem com núcleos de inteligência em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que são os Estados mais sensíveis”, disse o governador durante o 7º Fórum Nacional de Governadores.
O governador propôs a abertura de “discussão com o governo federal para desburocratizar. Dos poucos recursos que estão vindo para os Estados, que possamos usar conforme a nossa necessidade e não seguindo critérios definidos pelo governo federal”, afirmou.
Para que as propostas sejam viabilizadas, Reinaldo apresentou como alternativa uma força-tarefa. “Se fizermos uma blindagem na fronteira, já que a maior parte das armas entra no País pela Bolívia e Paraguai, e instalarmos um núcleo de inteligência conseguiremos atingir as facções. Hoje nós estamos só prendendo os mulas, os pequenos. Os grandes não pegamos. Vão ser os núcleos de inteligência que alcançarão o cerne das facções criminosas”, explicou.
No fim do ano passado, Reinaldo entregou ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, uma proposta de instalação da Central Integrada de Inteligência, em Campo Grande, como forma de combate ao tráfico e contrabando. Segundo o projeto, o núcleo será importante para chegar as grandes corporações do crime e também para o fortalecimento das forças federais nas fronteiras.
Educação – No encontro, os governadores também discutiram a criação do novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que prevê aumento do repasse de recursos federais para os Estados.
A proposta em discussão garante uma regra de transição, com o governo do Estado deixando de aplicar entre R$ 150 e R$ 200 milhões por ano para atingir o mínimo exigido. E passaria a receber da União R$ 700 mil no primeiro ano de vigência da nova lei, chegando aos R$ 213,2 milhões dentro de 11 anos.