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Crise na saúde ameaça deixar pacientes de câncer sem atendimento

Pacientes com câncer que moram em Dourados e cidades da região correm o risco de ficar sem atendimento dentro de 30 dias. Médicos da equipe de oncologia do Hospital Evangélico ameaçam suspender o atendimento por não possuírem vínculo empregatício com a entidade mantenedora do hospital.

O problema ocorre porque o contrato de prestação de serviço firmado por intermédio do Centro de Tratamento de Câncer de Dourados foi encerrado. A ameaça de suspensão do atendimento já foi comunicada à Secretaria Municipal de Saúde.

Os médicos também comunicaram a decisão de suspender o atendimento ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e ao CRM (Conselho Regional de Medicina).

No documento, os profissionais afirmam que a responsabilidade em assegurar o tratamento passa a ser da Secretaria de Saúde do município, alegação questionada pelo secretário Renato Vidigal.

“Fizemos a nossa parte, licitamos o serviço a partir do momento em que o Evangélico decidiu suspender o contrato que mantinha com essa equipe médica. o Hospital Cassems e o próprio CTCD foram os vencedores do certame, mas existe um prazo legal de seis meses para a empresa ganhadora se estabelecer”, informou.

Ele considerou a notificação uma ameaça e defendeu a intervenção do MPE e do Poder Judiciário para que o Hospital Evangélico continue tratando os pacientes até que os ganhadores da licitação assumam o serviço.

A prefeitura informou que mantém contatos com outras equipes médicas dispostas a assumir o serviço de oncologia. “A própria Cassems e mesmo o CTCD já se colocaram à disposição para assumirem, caso a equipe médica do HE realmente paralise a atividade em 30 dias”, afirmou Renato Vidigal.

Campo Grande News