Um menino de 11 anos teria presenciado as agressões de Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, contra um adolescente de 17 anos, em um lava jato de Campo Grande, na sexta-feira (03).
A criança prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (06), na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), junto da mãe, que é sogra de um dos suspeitos.
Alessandra Moreira, 45 anos, disse que o filho contou que Willian e Thiago, que é seu genro,“colocaram a mangueira por cima da roupa do garoto, e aconteceu tudo. Eles tinham costume de fazer essa brincadeira”, contou a mulher, ao deixar a delegacia.
Conforme o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA, que investiga o caso, os dois suspeitos foram ouvidos na 4ª Delegacia de Polícia, ainda na sexta-feira (03). Anteriormente, a informação da polícia era de que os dois rapazes ainda não haviam sido ouvidos.
Ainda conforme o delegado, os dois suspeitos contaram que quem começou a brincadeira foi a vítima, colocando a mangueira por baixo da porta do banheiro onde Willian estava. “Segundo o depoimento deles, depois que saiu do banheiro, o Willian pegou a mangueira, e com a ajuda do Thiago, a colocaram no garoto”, explicou o delegado.
Em entrevista ao Campo Grande News, a advogada de defesa da vítima, Katarina Viana, disse que irá pedir ao delegado a prisão preventiva dos suspeitos e que o crime seja tratado como tentativa de homicídio.
No entanto, Lauretto já adiantou que, por enquanto, não irá pedir a prisão dos suspeitos, já que eles “não oferecem risco a vítima”, entre outras questões. O delegado também reforçou que o crime contra o adolescente não teve conotação sexual, portanto é tratado como lesão corporal grave.
Histórico - O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou pelo lombo e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.
A vitima foi levada por um dos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, enquanto o outro acusado avisou a família.
Mesmo com o relato, há poucas informações do caso. Ouvida pelo Campo Grande News, a mãe do adolescente confirmou a história de que ele foi recomendado ao trabalho por vizinho, amigo da família.
Gravidade - Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, por volta das 22h o garoto teve uma piora no quadro e foi transferido para a área vermelha da unidade. Hoje de manhã, ele melhorou, mas continua no setor em observação. O estado de saúde dele é considerado grave, porém estável.
Campo Grande News