As chamas que se alastraram por pelo menos 3 km da planície pantaneira desde a última semana, em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande chegam a 5 metros de altura e a queima da vegetação gradual, segundo o Corpo de Bombeiros do município, que nesta quarta-feira (10) realizou combate às chamas na região durante todo o dia com efetivo de 10 militares.
|A equipe verificou que a queima da vegetação é lenta e gradual, ou seja, em trechos onde a vegetação apresenta caracteristicas do cerrado, com arbustos retorcidos a queima é progressiva, já perto das lagoas e chacos, apesar de úmida, a área também está queimando|, relata o cabo André Marti.
|A equipe verificou que a queima da vegetação é lenta e gradual, ou seja, em trechos onde a vegetação apresenta caracteristicas do cerrado, com arbustos retorcidos a queima é progressiva, já perto das lagoas e chacos, apesar de úmida, a área também está queimando|, relata o cabo André Marti.
Na manhã de hoje, o comando do 3° GBM (Grupamento do Corpo de Bombeiros) se reúne com o comando do Distrito Naval, para, após realizar novo sobrevoo pela área, traçar plano estratégico entre as instituições para combate ao incêndio florestal na região.
Fumaça e fuligem na cidade - Os impactos do incêndio na vegetação já atingem a cidade, onde os moradores convivem com nuvem de fumaça e muita fuligem nos últimos dias. Reportagem do site Diário Corumbaense detalha o cotidiano de quem precisa driblar o problema.
O gerente de empresa localizada no Porto Geral, Reginaldo Arruda Lobo relatou que na manhã de ontem, havia muita fuligem no interior da loja e para manter o local apropriado é necessário limpar o espaço constantemente. Outro problema, segundo o gerente, é a fumaça.
“Muita fumaça, muita fuligem caída aqui no chão, essa cinza que vem do capim queimado e o dia inteiro tendo que ficar fazendo manutenção da loja porque se não você não consegue trabalhar. Antes, limpava de manhã e ficava até à tarde, agora tem que ficar limpando o dia todo. Fora isso, está ruim para respirar, a visão fica irritada, toda hora tem que ficar lavando o rosto e sai aquela água toda cinza”, relatou Lobo.
Vendedor de coco também no Porto Geral, José Antônio Santos, relata as dificuldades de trabalhar na região. “Amanheceu aquela fumaceira, está difícil porque fica abafado, fica ruim para respirar. A chuvinha de ontem aliviou um pouco, mas ainda tem muita fumaça. Haja saúde para aguentar porque é complicado”, comentou o vendedor.
Alerta com a saúde - No pronto-socorro municipal, as entradas de pacientes com problemas respiratórios agravados pela situação do clima e ar aumentaram entre 5% e 10%, segundo o diretor do setor, Emerson Moreira. Mas, o médico acredita que se não houver controle na situação nos próximos dias poderá haver maior procura por atendimento.
Alerta com a saúde - No pronto-socorro municipal, as entradas de pacientes com problemas respiratórios agravados pela situação do clima e ar aumentaram entre 5% e 10%, segundo o diretor do setor, Emerson Moreira. Mas, o médico acredita que se não houver controle na situação nos próximos dias poderá haver maior procura por atendimento.
“Aqui em Corumbá normalmente é um clima muito seco e quente, e quando se tem um período de queimada o ar fica ainda mais seco, então as doenças respiratórias acabam aumentando por isso”, afirmou o médico.
Doenças como bronquite, rinite, bronquiolite em recém-nascidos são exemplos de problemas que podem ser agravados com as queimadas no Pantanal. O médico recomenda que os moradores umideçam os ambientes. “Em Corumbá dependemos muito do ar-condicionado e ele por si só já tira a umidade do ar, então associando ar-condicionado com fumaça, isso piora. O aparelho só resfria, mas não purifica o ar. É importante limpar bem o ar-condicionado, umidificar o ar e evitar exercícios ao ar livre porque você vai estar respirando aquela fumaça”, destacou o médico.
Campo Grande News