Com status de secretaria de Estado, a nova Controladoria-Geral de Mato Grosso do Sul toma forma com a missão de punir órgãos e empresas que cometerem corrupção, bem como monitorar como é gasto o dinheiro público. Isso é parte das propostas para aumentar a receita do governo e reduzir um deficit mensal na ordem de R$ 100 milhões. E o escolhido para comandar a CGE já tem nome: Carlos Eduardo Girão de Arruda, campo-grandense e atual auditor federal de finanças e controle do Ministério da Transparência.
Em tempos de contenção de gastos e enxugamento da máquina administrativa, Girão traz a fórmula que pautará este trabalho: |olhar mais para as despesas e menos para as receitas|, disse, ressaltando que a a crise fiscal mudou o jogo.
Ele chegou ao lado do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), em evento na tarde desta segunda-feira (3) e que reúne 26 prefeitos no Centro de Convenções Rubens de Camilo, para debater justamente a transparência nos municípios.
|A Controladoria está sendo instalada, então temos várias áreas a serem desbravadas|, adiantou o provável futuro controlador-geral. Ao que tudo indica, Girão de Arruda já participa do processo de implantação da Controladoria em Mato Grosso do Sul e, segundo ele, o reflexo será imediato.
|Teremos, efetivamente, informações gerenciais sobre a aplicação dos recursos públicos, tornado possível direcionar melhor a aplicação desses recursos|, ponderou. No papel, a criação da Controladoria foi sancionada pelo governador em 9 de dezembro de 2016.
Nova Controladoria - Substituirá a atual Auditoria-Geral do Estado, porém, além de auditar as contas, também cumprirá as funções de corregedoria e ouvidoria. |Nesta última está o grande desafio: trazer a população pra junto da gente, para que a ouvidoria saia do papel e MS faça parte da rede de ouvidorias do Brasil|, explicou Girão.
Atualmente, Mato Grosso do Sul é o único estado da região Centro-oeste que não integra a rede de ouvidoria. |Trazendo a população para dentro, teremos reclamações, propostas e sugestões. Com isso você consegue dar um tratamento melhor para as políticas públicas que está implementando|, complementou.
O que muda - Além de tornar a auditoria |mais pró-ativa|, o desafio estende-se ao que tange a responsabilização das pessoas jurídicas em caso de atos de corrupção. |Em 2013 foi promulgada a lei anticorrupção e temos diversos marcos legais a serem implementados aqui no âmbito do Estado para que a gente consiga efetivamente colocar em prática as consequências para as empresas corruptoras|, finalizou.
Economia - Nesta segunda-feira, Azambuja também falou sobre economia e respondeu à imprensa sobre o corte de comissionados no governo, sem precisar, no entanto, o número exato. |No início do governo cortamos 20%, mas hoje o excesso de comissionados não é grande|, comentou, sem precisar quantas pessoas serão desligadas do governo, que reúne cerca de dois mil cargos de confiança, em comissão.
Campo Grande News