Fechada há pelo menos dois anos, a mansão projetada no início dos anos 70 que pertenceu ao ex-governador Pedro Pedrossian pode ter se tornado berçário para o mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Visivelmente sem manutenção, a piscina suja é o maior potencial foco do Aedes aegypti.
Até onde se sabe, a última vez que a casa foi ocupada foi em 2015, quando a mostra de arquitetura “Morar mais por menos” foi realizada no local. Hoje, a placa de aluga-se afixada em frente ao imóvel, que fica na avenida Afonso Pena com a rua Espírito Santo, indica que por enquanto, ninguém vive no local.
O Campo Grande News recebeu a denúncia sobre o abandono e conseguiu fotografar os fundos da residência.
Pelas imagens não é possível detecta qualquer outro recipiente que acumule água e portando possa estar servindo de criadouro para o mosquito “da dengue”, mas o chefe da Coordenadoria de Controle de Vetores do município, Eliasze Guimarães, explica que vasos sanitários, ralos e calhas também podem abrigar larvas.
“Essa é uma das nossas dificuldades no combate ao Aedes aegypti. Casas fechadas são sempre problema. A imobiliárias são responsáveis pela manutenção e vistorias, mas nós agimos sempre que recebemos denúncia”.
Sobre a situação da casa da Afonso Pena, Eliasze afirma que o CCV não recebeu reclamação ainda.
A reportagem tentou sem sucesso contato com a Invest Fazendas, que seria a responsável pela casa. O telefone disponibilizado no cartaz de aluga-se não atendeu à ligações. Um recado foi deixado pelo WhatsApp.
História – Projetada no início dos anos 70 pelo arquiteto campo-grandense Avedis Balabanian, a casa foi erguida com detalhes que fossem do agrado da esposa de Pedrossian. O casarão já passou por pelo menos dois donos depois que foi vendida em 1986, com a derrota de Pedrossian nas urnas.
Em 2 mil metros quadrados de terreno, a mansão tem 1,6 mil de área construída.
Estatísticas – Por mês, agentes de saúde passam por cerca de 200 mil imóveis e o índice de vistorias pendentes, porque os domicílios se encontram fechados, é de 15% a 20% - até 40 mil casas e comércios. Mas, nem sempre a vistoria deixa de ser feita porque o local está abandonado, em muitos casos os moradores da residência apenas não estão no horário que a equipe vai fazer a fiscalização.
Neste ano, até agora, 180 denúncias sobre imóveis abandonados ou mau cuidados foram feitas à coordenadoria.
Serviço – Reclamações podem ser feitas à Ouvidoria da Prefeitura de Campo Grande pelo 3314-9955.
Campo Grande News
