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Passando por Sidrolândia, Rota Bioceânica impulsiona investimentos em comércios de MS

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Posto de combustíveis na BR-262 na região sul de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

A Rota Bioceância, mesmo em fase de construção, já está gerando investimento nos comércios de cidades que fazem parte do percurso. Na região sul de Campo Grande, a BR-262 recebe os primeiros empreendimentos da cidade instalados na rodovia para aproveitar o movimento da Rota Bioceânica, caminho que se abrirá quando ficar pronta a ponte sobre o Rio Paraguai, entre a cidade paraguaia Carmelo Peralta e Porto Murtinho, encurtando o destino das exportações à Ásia.

Os empresários esperam o movimento de 1,5 mil caminhões por dia e aumento gradativo com a inauguração da ponte, prevista para 2025. A estimativa foi informada aos comerciantes pelo Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes).

O posto de combustível, a churrascaria e a lanchonete estão prontos há cerca de um ano, mas não conseguiram abrir antes em função da burocracia para expedição de licenças e alvarás, segundo o gerente do posto Jonas Ezequiel Rodrigues. A previsão é inaugurar os espaços na semana que vem.

Além disso, a Taurus vai migrar para o local a sua base de distribuição. Atrás do posto, nove tanques estão sendo instalados para receber os combustíveis. 

"O posto se instalou visando a Rota Bioceânica. Vamos abrir com 25 funcionários a todo vapor, porque já tem um movimento muito grande aqui, cerca de 1,5 mil caminhões por dia que o fluxo vai aumentar cada vez mais”, comenta o gerente.

Ponte 

Após quase cinco anos de planejamento impactado pela pandemia, a obra começou em dezembro de 2021. A edificação tem investimento de 82 milhões de dólares. A ponte terá 1,3 mil metros, com um vão de 360 metros sobre o rio e altura de 22 metros.

Hoje, os navios com produtos para exportação que saem do Porto de Santos percorrem 24,1 mil quilômetros, dando a volta na América Latina para deixar o Oceano Atlântico e chegar ao Pacífico, onde seguem para a China, o país que mais compra produtos agropecuários de Mato Grosso do Sul.

Com a ponte, as cargas virão por rodovia e seguirão pelo Paraguai, Argentina e Chile até chegar a dois portos do Chile, de onde partem de navio para a Ásia. O percurso vai cair para 18,6 mil km. A economia com a logística deve deixar os produtos com preços mais competitivos no mercado.

(Com informações do Campo Grande News).