Embora os dados ainda não estejam consolidados, o levantamento preliminar da Ceasa (Central de Abastecimento), mostra que Sidrolândia fechou 2021 como o município de maior produção de hortigranjeiros no Estado. Os pequenos produtores sidrolandenses entregaram e venderam na Central, 750 toneladas, superando Campo Grande e Terenos.
Do volume comercializado, 600 toneladas, 80 % da produção, teve o escoamento até a Capital custeado pela Prefeitura, economia de R$ 700,00 por mês referentes a quatro fretes para cada um dos 45 produtores, reunidos em duas associações (do Eldorado e do Capão Bonito II) beneficiados pelo programa coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.
Pelos cálculos de José Sigmar, que lidera o grupo de 45 pequenos produtores do Eldorado atendidos pelo Prefeitura, que quatro vezes por semana leva a produção para o Ceasa, em cada viagem são transportadas até 250 caixas de uma variedade de verduras e legumes. Sigmar calcula que se os produtores tivessem que pagar pelo frete perderiam 30% da margem de lucro.
José há nove anos administra o lote da família, de 9,2 hectares, no Eldorado Alambari. Tem 4 hectares irrigados com a horta onde cultiva e colhe a produção que toda semana entrega na Ceasa. Também se dedica a criação de gado para a produção de bezerro.
Para Sivaldo Azevedo Sales, do Capão Bonito, reconhece que sem o apoio da Prefeitura seria inviável escoar a produção até Campo Grande. José cultiva dois hectares de horta e planta seis hectares de mandioca. Em cada viagem, são levadas para a Ceasa de 150 a 200 caixas com abobrinha, jiló, maxixe, quiabo, pimenta dedo de moça, limão, mandioca amarelinha, dentre outros itens.
Prefeitura mantém duas linhas de transporte, compreendendo as regiões do assentamento Eldorado e Campão Bonito II até o Barra Nova. As coletas são realizadas aos domingos e quartas na região do Eldorado e as quintas na região do Capão Bonito II e Barra Nova.
Frete do calcário
Além de custear o escoamento até a Capital da produção de verduras e legumes, a Prefeitura custeou frete do calcário na correção do solo dos lotes de 470 assentados. Um dos beneficiados é Pedro Rodrigues, que consegue uma produção diária de 110 litros. "O frete dobra o custo do calcário. Com a ajuda da Prefeitura, consigo reverter o dinheiro do frete para compra de uma carga adicional ", explica. Ano passado a Prefeitura custou transporte de 12 toneladas de calcário.
Animada com o crescimento da produção dos assentados, a prefeita Vanda Camilo, determinou a entrega do prédio onde é a central de abastecimento construída na saída para Campo Grande.